O Globo
A Igreja Católica anunciou nesta segunda-feira que Cuba libertará seu preso político mais antigo. Adrián Alvarez, que está na prisão há 25 anos acusado de roubar armas, terá que ir para a Espanha.
O dissidente, de 44 anos, foi condenado em 1985 a 30 anos de prisão por espionagem e atos contra a segurança de Estado. Ele será libertado junto com outros dois presos, um deles condenado em 1994 a 30 anos de reclusão por sequestrar uma lancha para tentar fugir para os Estados Unidos.
"Desta forma já são 50 os prisioneiros que aceitaram a proposta de sair da prisão e se transferir para a Espanha", explica a Igreja de Havana em comunicado.
As libertações acontecem depois de um acordo, em julho, entre o presidente cubano, Raúl Castro, e o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega. O pacto compreendia inicialmente a soltura de um grupo de 52 dissidentes presos em 2004, 39 dos quais já foram liberados sob a condição de ficarem no exílio.
Mas no mês passado o governo começou a libertar outros presos, alguns acusados de crimes violentos, espionagem e pirataria.
Ainda não está claro o que vai ocorrer com os 13 dissidentes do grupo inicial de 52 que se negam a ficar no exílio. O governo disse que libertaria o grupo num prazo de até quatro meses, que acaba no próximo fim de semana.
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