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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Silêncio: o esconderijo de um covarde

Todo covarde precisa de um lugar seguro para se esconder. Seu coração pusilânime um impele ao alto das rochas, à fortaleza de concreto, aos ombros dos corajosos. Seu poder de decisão é escravo de sua covardia. Somente aquelas que o mantém em sua zona de conforto e segurança são tomadas, e somente após meticulosa análise da situação. Ao contrário da anedota, um homem covarde vivo vale muito menos que um homem corajoso morto. Pois por mais breve que seja a vida dos corajosos, são eles que mudam a história. De todos os esconderijos onde um covarde costuma esconder-se, há um que de todos, é o mais sórdido e danoso, o silêncio.

Quando Pilatos recebeu o Mestre das mãos dos invejosos líderes judeus, ele sabia, ainda que deficientemente, quem Jesus era. No mínimo ele sabia que ali estava um réu escancaradamente inocente. Bastava uma palavra sua, uma ordem, um movimento de mãos, e Jesus seria solto. No entanto, esta palavra, a ordem, o movimento de mãos, exigia uma dose mínima de coragem. Ele era o juiz. A decisão cabia somente a ele. Alguma coisa ele tinha que dizer. Foi então que preferiu o silêncio, na esperança de que sua responsabilidade fosse dividida com outros, na esperança de não ter sua posição confortável tomada. No farisaico engano de imaginar que a omissão não poderia ser um ato de injustiça, preferiu o silencio diante dos gritos da impiedade. Lavar as mãos foi mesquinho, sujo e covarde.

Em Provérbios 31.8, lemos: Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Os covardes gostam de pensar que a situação não tem nada que ver com eles, afinal, não foram eles os causadores ativos. Quase podemos ouvi-los indagando: Acaso sou eu tutor do meu irmão? “Sim”, responderia Deus. “Abre a boca!”, diria o sábio. Os servos de Deus são chamados a combater a injustiça com ousadia, em todos os níveis de relacionamentos da vida – pois a injustiça é a mesma e uma só em qualquer situação. Devem se posicionar ao lado da equidade. Devem se envolver, assumir a responsabilidade. Se preferir, devem comprar uma briga que sempre pertence a eles. Afinal, somos filhos do Deus Justo, logo, nossa batalha é travada no campo da injustiça.

Ninguém jamais viu o Mestre ver o mal e se calar. Certa vez, Jesus desafiou os fariseus: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Mas eles ficaram em silêncio. Olhando-os ao redor, indignado e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e a mão lhe foi restaurada (Mc 3.4,5). O silêncio denunciou a covardia e a injustiça daqueles homens, cujos corações estavam petrificados. Jesus se indignou, Jesus se condoeu.

Diante da injustiça, Jesus mantém-se indignado e condoído enquanto muitos de seus servos se calam e dormem com a consciência tranquila. Não podemos nos calar diante da injustiça. Mesmo que isso nos custe a vida, a injustiça não combina com a nova natureza que compartilhamos com o Senhor.

O silêncio é a voz mais eloquente e cruel da injustiça. Tortura, decepciona, é indiferente e mata a alma dos injustiçados.


Que sejamos a voz de Deus em um mundo tomado pelo barulho da injustiça.

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