Ceará investiga nove casos suspeitos da doença da "urina preta"

Síndrome de Haff, mais conhecida como "doença da urina preta", comumente relacionada a uma toxina presente em determinados peixes e crustáceos.

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A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) investiga no Estado nove casos suspeitos da síndrome de Haff, mais conhecida como “doença da urina preta”.  Os números dizem respeito até o dia 21 de agosto e aguardam confirmação laboratorial da toxina presente em peixes possivelmente contaminados.

Conforme a Secretaria da Saúde cearense, dos nove casos suspeitos, quatro são homens e cinco são mulheres, com idade média de 51 anos. Os pacientes, que não pertencem à mesma família, foram internados em diferentes hospitais da capital cearense após ingerirem peixe da espécie arabaiana. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, o badejo, a arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, o lagostim e o camarão.

O peixe contaminado, mesmo cozido, pode desencadear a síndrome, e não apresenta gosto diferente do habitual. Nem todo peixe das espécies citadas é responsável pela infecção, que é considerada rara.

O que é Síndrome de Haff?

De acordo com a SMS, a doença da "urina preta", a Síndrome de Haff, é uma infecção bacteriana relacionada à ingestão de peixe cru ou cozido. A bactéria é transmitida através do consumo de uma toxina que fica na carne.

A doença é caracterizada pela destruição das proteínas musculares, provocando sintomas como a perda da força física, dor muscular, desmaios, febre e urina escura.

A forma como o animal é contaminado pela toxina que provoca a doença, no entanto, não é consenso entre especialistas. Alguns infectologistas dizem que a toxina é gerada pelo mau acondicionamento do pescado, mas outros afirmam que a toxina vem de algas consumidas pelo animal.

Sintomas da doença:

• Urina cor de café;
• Falta de ar;
• Dormência;
• Perda de força no corpo.