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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Presidente da Câmara Municipal assume prefeitura de Granjeiro

O prefeito interino Luiz Márcio Pereira, conhecido como Marcim, já havia tomado posse como gestor municipal por um dia em fevereiro deste ano, quando os vereadores aprovaram o afastamento de Ticiano Tomé

Legenda: Posse do prefeito interino ocorreu, na tarde de ontem, na Câmara Municipal de Granjeiro
Foto: Foto: Ednardo Alves

Horas depois da prisão do prefeito Ticiano da Fonseca Félix, o Ticiano Tomé, a Câmara Municipal de Granjeiro empossou, no fim da tarde de ontem, o presidente da Casa como prefeito interino. Luiz Márcio Pereira, o Marcim, de 34 anos, vai comandar a Prefeitura até o fim do ano ou até que as questões judiciais com o atual gestor sejam encerradas.

O vereador já havia assumido de forma interina a administração municipal em fevereiro deste ano quando Ticiano Tomé foi afastado pela Câmara. Na época, em votação dos parlamentares por seis votos a favor e três contra, o parlamento decidiu pelo afastamento do titular por 90 dias. O prefeito, no entanto, conseguiu retornar ao cargo pelas vias judiciais.

Aliado do ex-prefeito João Gregório Neto, assassinado em dezembro do ano passado, o gestor empossado lamentou assumir o Governo Municipal em meio a um cenário de desdobramento de um crime e prisões. "O que a gente gostaria era que o prefeito estivesse vivo. Infelizmente cheguei a esse cargo devido à vida ceifada do ex-prefeito", declarou Marcim.

O vereador Almir Soares, que assumiu automaticamente a Presidência da Câmara Municipal com a mudança no comando da gestão municipal, disse que a "justiça foi feita". "A gente vem sofrendo muito desde o dia 24 de dezembro (data do assassinato do ex-prefeito)", declarou.

Às vésperas da eleição municipal de 2020, a cidade viveu um dia movimentado, ontem, depois de o terceiro prefeito assumir o comando do Executivo Municipal desde o pleito de 2016. No ato da posse do gestor municipal interino, houve discursos emocionados de vereadores aliados do prefeito morto no ano passado. Fogos de artifício foram usados pela população ao lado de fora da Casa Legislativa em comemoração.

Afastamento

O primeiro afastamento, autorizado pelos vereadores em fevereiro deste ano, durou apenas um dia e teve como sombra a acusação de envolvimento do gestor em exercício na morte do ex-prefeito. O pai de Ticiano Tomé, Vicente Félix de Souza, que também foi preso, já era considerado suspeito de participação no crime. Na época, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social afirmou que a hipótese de crime político estava "cada vez mais forte".

Ticiano conseguiu retomar o cargo na Justiça no dia seguinte do afastamento. Na decisão judicial, o juiz Marcelo Wolney Alencar Pereira de Matos afirmou que a postura do Parlamento Municipal "feriu dispositivos legais e princípios da administração pública" e que é "nulo de pleno direito".

Em fevereiro, o presidente da Câmara Municipal de Granjeiro, ao tomar posse pela primeira vez no Executivo, leu o juramento aos gritos de "justiça" perante ao público que ocupou o Plenário do Poder Legislativo Municipal. O clima entre a Câmara Municipal e a Prefeitura, desde então, segue instável politicamente.

Conflitos

Dos nove parlamentares da Câmara, seis faziam oposição ao prefeito preso ontem. Na época do primeiro afastamento, Ticiano Tomé chegou a ser notificado para prestar esclarecimentos no Legislativo, mas não compareceu à comissão.

O relator do processo de cassação, vereador José Barcelar Pereira (Naldo), acusou o então prefeito de violar o princípio da moralidade. Além de suspeita de envolvimento no assassinato do ex-gestor, há também acusações de superfaturamento em empenhos no valor de R$ 8 mil e outros dois de R$ 10 mil para contratação de uma empresa prestadora de serviços.

De acordo com o relatório, até dezembro de 2019, os mesmos serviços estavam orçados em R$ 2,5 mil. Após a denúncia, a Prefeitura cancelou o contrato com a empresa.

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