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sábado, 13 de junho de 2020

Chefe de facção cearense preso em Sergipe estava envolvido em plano de matar secretário

Facção queria matar secretário da Administração Penitenciária em represália a ações rigorosas de controle nos presídios cearenses.

Por Messias Borges, G1 CE



Suspeito de integrar organização criminosa no Ceará foi preso em Sergipe — Foto: SSP/SE/Divulgação

Francisco Marcilieudo Mesquita da Silva, de 38 anos, preso em Sergipe na quinta-feira (11), é apontado pelas autoridades cearenses como chefe de uma facção local e envolvido no plano de matar o secretário da Administração Penitenciária do Ceará (SAP), Mauro Albuquerque.

O plano criminoso foi descoberto com a apreensão do celular do chefe da facção, Ednal Braz da Silva, que ordenava ações criminosas no Ceará de dentro de um presídio em Limoeiro, Pernambuco, e que foi alvo de uma operação deflagrada em setembro de 2019.

Com a autorização da Justiça para a extração dos dados do celular, a Polícia Federal (PF) e o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Ceará (MPCE) encontraram diversos planos criminosos.

A ordem de matar Mauro Albuquerque partiu de dentro do sistema penitenciário, de outro chefe da facção, Francisco Tiago Alves do Nascimento, e foi compartilhada com Ednal Braz, Francisco Marcilieudo e Francinélio Oliveira e Silva.

O grupo criminoso estava descontente com o regime duro aplicado nos presídios cearenses desde a chegada de Albuquerque, em janeiro do ano passado. À época da descoberta do plano, a SAP não quis se pronunciar sobre a ameaça.

Diretor financeiro

O homem preso em Sergipe era o responsável pelas finanças da organização criminosa e foi alçado ao posto mais alto da hierarquia com a prisão de Ednal Braz.

Conforme a investigação da PF e do Gaeco, Francisco Marcilieudo participou do planejamento da série de ataques criminosos a bens públicos e privados no Ceará, em setembro de 2019, crime pelo qual foi denunciado pelo MPCE e já virou réu na Justiça Estadual.

Marcilieudo passava relatórios financeiros a Ednal. No dia 21 de agosto do ano passado, poucos dias antes da série de ataques, o "diretor financeiro" da facção afirma que tem R$ 50 mil para investir. Dois dias depois, ele envia uma lista de compras no valor de R$ 45,8 mil, que inclui R$ 12,5 mil para comprar duas pistolas, R$ 16 mil para veículos e R$ 14,4 mil para munições.

No dia 9 de setembro seguinte, Ednal afirma que a facção precisa conseguir mais dinheiro: "Nós podemos explorar assalto a carga e banco mno (irmão), só basta ter um cm (com) experiência pra montar uma equipe... Exato, pra fazer banco precisa de bico (fuzil), mas pra pegar carga de grande e pequeno porte, só basta ter 38 (revólver) e 12 (escopeta) que dá pra pegar viu".

Prisão em Sergipe

Marcilieudo foi preso em uma residência na área nobre de Itabaiana, na região do agreste sergipano, em uma operação conjunta da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Ceará, e do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil de Sergipe (PCSE). Ele estava com duas pessoas e na posse de documentos falsos.

O delegado da Draco, Harley Filho, explicou que o preso teve que ser transferido de imediato para o Ceará, devido ao nível de periculosidade. Harley revelou que irá sugerir a transferência do homem para um presídio federal de segurança máxima.

Além do crime de organização criminosa, o detento tinha outro mandado de prisão em aberto, por um homicídio cometido em Morada Nova, na região do Vale do Jaguaribe, no Ceará. Ele já foi condenado a 24 anos de prisão pelo crime.

Chefes de facção

A polícia já prendeu 12 dos 13 principais comandos da facção cearense, segundo Harley Filho. "Esse grupo criminoso local é bem estruturado, tem uma clara divisão de tarefas. A Draco foi fundada em 2016 e, em 2018, já tínhamos todo esse grupo criminoso mapeado. Hoje o grupo está sem uma cadeia de comando e, dessa forma, a tendência que ele realmente se acabe", concluiu.

O foco da Polícia passou agora para Francinélio Oliveira e Silva, único chefe da facção que segue foragido. Ele estaria na linha de frente de outros dois crimes ousados do grupo criminoso, descobertos na investigação da PF e do Gaeco: o resgate de detentos de um presídio cearense, passando-se por policiais federais, e uma explosão na Arena Castelão durante um show de forró.

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