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sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Facção criminosa criada no Ceará sofre baixas e fica sob risco de extinção

(FOTO: Reprodução/TV Jangadeiro)
Desde a onda de ataques que completa um ano em janeiro, quando o Ceará registrou ações criminosas por um mês inteiro, os órgãos de segurança e sistema prisional endureceram o rigor contra a facção Guardiões do Estado, mas antes mesmo do fim dos atentados de 2019 a GDE já vinha sofrendo baixas. Foi durante uma chacina em Fortaleza, ainda em 2018, que a cúpula da organização começou a ser identificada e desmontada.

Parte da cúpula da Guardiões do Estado (GDE) foi desfeita no ano passado, durante as investigações sobre as 14 mortes do caso conhecido como Chacina das Cajazeiras. Foram seis homens presos à época apontados como lideranças do grupo. Entre eles, Misael de Paula Moreira, o Afeganistão, apontado pela Polícia Civil como líder de um subgrupo da organização responsável por crimes violentos, como revela a foto obtida pela TV Jangadeiro, apesar das baixas a facção seguiu em atividade e participou da série de ataques criminosos em janeiro deste ano.

Para os órgãos de inteligência, quatro estratégias foram determinantes para a ofensiva contra a GDE. A identificação e prisão da cúpula do grupo trouxe também impactos para a facção em bairros e comunidades que tiveram lideranças presas, como a Babilônia, no Castelão. Além disso, houve o isolamento de chefes da GDE em penitenciárias federais. Por fim, pelo menos cinco homens apontados como cabeças da organização foram presos em outros estados do Nordeste.

Um deles, Ednal Braz da Silva, conhecido como Siciliano, foi preso em setembro em uma unidade prisional de Pernambuco e foi apontado pela Polícia Federal como mandante de ataques criminosos registrados em abril e em setembro na Grande Fortaleza.

O golpe mais duro contra a GDE veio do sistema prisional. A organização tinha um sistema de arrecadação de dinheiro baseado em atividades e negócios clandestinos dentro das unidades. Após o fim dos ataques criminosos o esquema passou a ser quebrado e veio o golpe no coração do crime organizado: o dinheiro.

Ainda em setembro a TV Jangadeiro revelou com exclusividade o funcionamento do mercado clandestino montado pela GDE em unidades prisionais. Drogas, cigarros, celulares, carregadores, chips, televisores, refrigerante e produtos de higiene eram vendidos pela facção no interior dos presídios. Detentos tinham que pagar até R$ 5 mil por um lugar para dormir. Por mês, o negócio gerava em torno de R$ 4 milhões. Com maior rigor no sistema após a chegada do secretário Mauro Albuquerque, no início do ano, o esquema perdeu força. Diante do prejuízo, a GDE promoveu nova onda de ataques em setembro para pressionar o estado a ceder, mas não teve sucesso. Com líderes isolados, sem controle de presídios e com duro golpe nas finanças, a facção criada em Fortaleza mais de cinco anos atrás e que aterrorizou por mais de uma vez o Ceará tem dificuldades para se reorganizar, o que não permite ainda aos órgãos de segurança reduzir a atenção.

Fonte: Tribuna do Ceará

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