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sábado, 7 de dezembro de 2019

Apesar de recursos, Justiça mantém afastamento de PMs das ruas

Câmeras de segurança flagraram PMs violando o local do crime
A presença de reféns mortos na cena de Milagres, muito mais do que mesmo as já conhecidas ilicitudes e excessos contra suspeitos rendidos (foram executados), criou um peso jurídico maior, que os policiais estão tendo que enfrentar neste um ano desde a matança.

Nos últimos meses, advogados de defesa entraram com diversos recursos para que eles possam voltar à atividade. A Justiça tem negado até o momento. Em cada decisão, o juiz Judson Pereira Spíndola Júnior, da Comarca de Milagres, mantém a "proibição de realização de serviço externo ou ostensivo e de participação em operações policiais".

Em alguma das peças de defesa, como é o caso do tenente Georges Aubert, secretário municipal de Segurança em Milagres, chega-se a pedir a absolvição do réu, alegando incongruências no inquérito da Polícia Civil para responsabilizá-lo por fraude processual. Georges Aubert é defendido pela Associação das Praças do Estado do Ceará (Aspra-CE), que pede o declínio de competência da Justiça comum para que seja julgado pela Justiça Militar.

Primeiro a chegar à cena após o cessar fogo, ele depois estaria no carro dirigido pelo vice-prefeito Abraão Sampaio com os corpos de cinco reféns na caçamba até o hospital, sob a justificativa de socorro às vítimas. A informação (socorrer) foi a mesma dada pela defesa do vice-prefeito, que pede a retirada de sua citação.

Ao dizer que houve tentativa de socorro, as defesas dos réus subtraem uma informação considerada muito relevante pela equipe de investigadores da Polícia Civil: entre o cessar fogo, com a constatação de que havia reféns, até o suposto socorro às vítimas se passaram mais de 40 minutos - o Hospital Municipal de Milagres fica distante apenas três quarteirões da cena do crime.

"Não havia qualquer possibilidade de vítima com vida", lembrou o promotor de Justiça Muriel Vasconcelos. Até mesmo a equipe médica de plantão no hospital sequer precisou avaliar a entrada das vítimas, que estavam "visivelmente sem vida", conforme o médico plantonista.

No último dia 26 de novembro, em nova decisão, respondendo a pedido dos militares por mais perícia, a Justiça manteve os afastamentos das ruas, mas solicitou oitiva do Ministério Público, para que responda a possíveis ausências de evidências que apontem diretamente a responsabilidade tanto em fraudes processuais quanto mortes por intervenção policial.

Fonte: Diário do Nordeste

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