Uma vistoria realizada na manhã desta terça-feira (6) na Penitenciária Industrial Regional do Cariri (PIRC), em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, localizou dezenas de celulares, armas artesanais, facas e até uma espada.
A vistoria ocorreu uma semana após um massacre em uma cadeia pública de Itapajé, também no interior do Ceará, quando 10 pessoas foram assassinadas. As mortes foram causadas por tiros de arma de fogo, entregues por uma adolescente a um dos internos.
"Conseguimos realizar uma vistoria geral com o máximo de agentes possível da região e o apoio da PM, além da transferência dos líderes das facções que estavam com ameaça de tomar o controle de nossa unidade", disse o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Ceará, Valdemiro Barbosa.
Na semana passada, reportagem do G1 mostrou que membros de facção controlam atividades e horários em presídio na cidade de Itaitinga, na Grande Fortaleza. "Essa operação mostra que com a nossa união não é criminoso que manda em presídio, somos nós, os agentes", diz Barbosa.
Os agentes localizaram também carregadores de celular e garrafas com um líquido que será analisado.
A vistoria "era uma reivindicação que todos os agentes da unidade vinham fazendo, pois diante dos acontecimentos, não tinha tido uma resposta à altura", afirmou o Sindicato dos Agentes Penitenciários.
A vistoria foi realizada por agentes penitenciários, membros da diretoria da penitenciária, policiais militares, que monitoraram a ação com apoio de uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).
Ainda conforme os agentes penitenciários, foram realizadas transferências de líderes de facções criminosas após "ameaça de tomada de controle" da unidade prisional.
O G1 procurou a Secretaria da Justiça do Ceará, responsável pelo sistema prisional do estado; a pasta não havia confirmado as transferências até a tarde desta terça.
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