Que não seja somente uma representatividade de marketing no mercado nem uma atração de final de ano. Mas que fique na essência de cada ser humano para que, com sua esperança renovada, saiba conduzir a sua verdadeira ação.
Que o natal não se torne eventualmente um carro alegórico, um papai Noel, um amigo secreto ou uns drinks em família. Mas, que na realidade, e diante de tudo isso, o homem traga pra dentro de si os ensinamentos cristãos sabendo perdoar e abraçar/comportar os seus semelhantes todos os dias do ano.
Que vinte quatro de dezembro não seja uma intenção mórbida, e sim, perdure por todos os dias do ano vindouro sem despojo e hipocrisia. Porque comercialmente ainda vivemos a escravidão da mídia que se apodera de nossas economias e nos faz devedores não somente de papai Noel, mas do resto do mundo que ora anuncia a nossa morte súbita.
Recebi um texto do meu parceiro e poeta Márcio Mesquita, em dois mil e onze, através do qual senti a mesma essência e o estilo literário de minha crônica, de cujo texto citarei alguns versos: “É natal e toda hipocrisia comum a esse período manifesta-se em toda sua plenitude. É natal e um aparato pesado bombardeia meu habitat com propostas indecentes, travestidas de pomposas fantasias de carnaval. É natal e satisfaço-me com o suficiente, posto que a maioria assim o faz, na rotina miserável dos que ainda se mantêm vivos. Contenta - me o sorriso amarelo de quem não tem motivo pra rir.
É natal e uma nação pobre e ingênua supõe e louva o fato de estar predestinada a não inspirar nada, seja um verso livre, uma frase feita ou sequer uma esperança. “É natal e o destino não está traçado, mas Deus com absoluta convicção há de estar vendo.” E afinal de contas, o que somos ou onde estamos nós? Que aprazamos o resto dos nossos dias em apenas um breve amanhecer, onde a palavra de ordem é compre, compre, compre e cumpra se por acaso seus sonhos não se acabarem.
Como começou tudo isso? Supostamente alguém poderia me responder? Será que por trás de tudo isso exista aquela velha estória de um velhote de barbicha, um papai que o papai não agüenta mais? O anfitrião dos ensinamentos religiosos e do comércio varejista que alça voos na sua economia nesse ilusório período?
-Filho! Vê se larga o computador, que precisamos descer pra comprar o presente do meu amigo oculto - gritou do quarto a minha mais nova aquisição! E ainda há o que justificar? Se o meu próprio convívio fez cocô na minha crônica e consideravelmente abortei palavras por palavras quando o sanguinário da lojinha da esquina balbuciou no meu ouvido. RO, RO, RO... E HOJE, TEM PERU na ceia?
Aos internautas que acessam o blog Notícias de Pentecoste, externo os mais cordiais votos de um Feliz Natal e um ano de 2014 repleto de paz, sucesso e realizações pessoais e profissionais.
Gonzaga Barbosa
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