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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Menino dado como morto no Ceará é encontrado em SP

A história de um garoto que teria morrido há 12 anos no distrito de Lagoa do Mato, no município de Itatira, e que apareceu vivo na cidade de Araçoiaba da Serra (SP), está dividindo opiniões entre a população e autoridades, e causando uma grande confusão entre os familiares do menino. Francisco Daniel Alves Prado, que na época tinha quatro anos de idade, foi levado da sua terra natal para o Instituto José Frota, em Fortaleza no dia 29 de setembro de 1999 com queimaduras graves provocadas pela explosão de uma bomba em uma oficina próxima de sua residência.
O acidente aconteceu pela manhã após Daniel deixar sua casa acompanhado de seu pai Francisco Evaldo Silva Prado. Na sua narrativa a mãe Maria Laura Alves Prado, de 39 anos, disse que o garoto foi levado primeiro para Canindé e depois para a capital cearense.

Após nove dias de internado, mas precisamente em 08 de outubro de 1999, a Secretaria de Segurança Pública emite notificação de óbito ao IJF solicitando exame cadavérico ao Instituto Médico Legal (IML), em nome de Daniel. Ele teria falecido às 7h15min.

O auto foi assinado por Almir Gomes de Castro, gerente do IML na época, e designou os peritos: Francisco William Viana Lima e Maria Solange Nobre Sampaio para procederem o exame.

Já a Certidão de Óbito, emitido pelo Cartório Norões Milfont, em Fortaleza, certifica que o menino faleceu de desequilíbrio hidroeletrolítico, (queimaduras de 3º grau). O óbito foi atestado pelo Dr. Francisco William Viana Lima e o corpo sepultado no Cemitério de Lagoa do Mato, em Itatira.

Outro corpo
A mãe de Daniel, Maria Laura Alves Prado, diz que antes do sepultamento foi impedida de abrir o caixão. Mesmo sob ordens ao chegar em sua residência resolver abri-lo e desconfiou que não era seu filho. ´´Eles colocaram o corpo todo enrolado no caixão e não era para abrir de forma alguma, mas como o garoto era meu filho resolvi abrir e foi aí que tive essa surpresa. Não era meu filho. Estava muito maior, porque ele só tinha quatro anos na época´´, assegura.

´´Depois de toda essa confusão recebi uma ligação do hospital para levar o corpo de volta, mas resolvi fazer o sepultamento´´, chora a mãe ainda com esperanças de rever o único filho.

Passados 12 anos, surge a noticia de que Daniel estaria vivo no interior de São Paulo. O caso veio à tona depois que a chefe do cartório de Lagoa do Mato, Antônia Geni Pinto Lobo Menezes, recebeu uma ligação de uma mulher que se identificou apenas por Cristina que pedia a intervenção dela para que enviasse a segunda via da Certidão de Nascimento de Daniel, porque ela pretendia matricular o garoto em uma escola para que retomasse os estudos.

´´Eu ia atender o pedido, mas depois que procurei a família, o tio do menino, Vandery Alves Amorim, não autorizou a mandar a documentação. Cristina já havia me enviado R$ 35,00 para a confecção do documento e postagem nos correios,´´ disse.

Ela lembra que as coincidências sobre Daniel são muitas. ´´Todas as informações enviadas por dona Cristina batiam com os dados daqui no cartório. Nome completo, nomes dos pais, data de nascimento - 29 de março de 1995, é muito estranho. Ela me mandou até o seu endereço para que eu mandasse a documentação´´, falou.

INVESTIGAÇÃO
Caminhoneiro levou o garoto para SP
Em entrevista por telefone ao Diário do Nordeste dona Cristina disse que o garoto foi levado para São Paulo por um motorista de caminhão do Ceará que viajava para a capital paulista de nome Ivan Prado, a mando de sua tia Zilda Prado. O telefone do caminhoneiro, fornecido por dona Cristina, encontra-se sempre fora de área.

Cristina afirmou que foi três vezes à Delegacia de Araçoiaba da Serra denunciar que havia encontrado o garoto, mas ninguém deu a mínima para a sua conserva. A reportagem tentou contato com a Delegacia por telefone, sem sucesso.

O tio do garoto, Vandery Alves diz que houve adulteração na certidão de nascimento de Daniel. Segundo ele, no documento original o livro de registro do nascimento está sob o número 1046, já a segunda via o número passa para o 948. ´´Quero que a Promotoria Pública tome as medidas, porque algo estranho está ocorrendo nesse caso´´, denuncia.

Ele pediu também o apoio da Polícia Federal, da Polícia Civil, da Segurança Pública para que investiguem as denúncias e para que o menino seja devolvido à família. No Fórum Clodoaldo Pinto em Itatira, a reportagem foi informada pelo servidor Vandemir Pinheiro que o Ministério Público já está adotando as providências sobre o caso.
Fonte: Lindomar Rodriguês

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