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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Manhã de tensão e quebra-quebra

Rebelião ocorreu no Centro Educacional Patativa do Assaré, onde estão recolhidos 196 adolescentes. O movimento durou cerca de três horas. Dezesseis adolescentes foram levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA)

O Centro Educacional Patativa do Assaré (Cepa), no Ancuri, viveu momentos de pânico ontem pela manhã, por volta das 9 horas, quando vários adolescentes se envolveram numa rebelião que acabou mobilizando um forte aparato policial para contê-la. O caso ocorreu na hora da visita e provocou uma correria entre funcionários e familiares de internos.

Contingentes do Batalhão de Choque e Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), além do Canil da Polícia Militar, chegaram quando os internos ainda queimavam colchões e promoviam quebra-quebra no interior da unidade. A reportagem do O POVO esteve no local, mas não teve acesso à área interna do centro educacional. Familiares de internos que presenciaram o motim disseram que vários tiros foram disparados pela Polícia para conter o movimento.

Dezesseis adolescentes foram levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). De acordo com o inspetor Fernando Filho, eles foram autuados em flagrante por danos ao patrimônio público e depois retornaram ao Cepa. Nenhum dos policiais militares na delegacia quis dar entrevista ao O POVO.

“Está tudo quebrado aqui”, afirmou um funcionário da casa, que pediu para não ser identificado. Ele desmentiu uma informação que circulava entre familiares de internos, de que dois adolescentes teriam ficado feridos e levados ao hospital. ‘’Nada disso aconteceu”, disse o funcionário, acrescentando que “dois ou três tiveram crises de asma”, mas foram atendidos no próprio centro educacional.

O Cepa abriga atualmente 196 adolescentes infratores. A sua capacidade, segundo um funcionário, é para 80. ‘‘Hoje estanos com mais do dobro”, afirmou ele, acrescentando que 30% dos internos vieram do Interior do Estado. O POVOfoi informado no centro educacional que cerca de 25 internos se envolveram no motim. A causa teria sido uma briga no pátio.

A situação somente foi normalizada por volta do meio-dia, quando os policiais militares mobilizados deixaram o local. O POVO tentou contato com a diretoria do Cepa por telefone à tarde, mas foi informado de que não haveria mais ninguém da diretoria na unidade. A assessoria de imprensa da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) do Estado, órgão responsável pelos centros educacionais, repassou um telefone fixo como único contato do coordenador de medidas sócio-educativas do órgão, mas os telefonemas não foram atendidos. Em seguida, o celular da assessoria também estava desligado. (Colaborou Larissa Lima)

E-MAIS

REVOLTA
 Até o meio-dia, familiares de internos postados do lado de fora do Centro Educacional continuavam no local aguardando notícias. Revoltados, eles disseram que apenas conseguiam falar com o porteiro. Por volta das 14 horas, quando o O POVO deixou o local, cerca de 20 familiares de internos continuavam em frente à portaria do Patativa do Assaré em busca de informações.

 Em março deste ano, um adolescente de 17 anos foi morto em tumulto no Patativa do Assaré. Um interno simulou mal-estar para render um instrutor do centro, com outros jovens. Eles invadiram o corredor e foram até um espaço exclusivo para internos “isolados”, onde mataram o adolescente a golpes de cossoco (faca artesanal).

Landry Pedrosa

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2010/10/13/noticiafortalezajornal,2051995/manha-de-tensao-e-quebra-quebra.shtml

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