Ceará teve 16 picos de temperatura igual ou acima de 40ºC em outubro de 2023 - NOTÍCIAS DE PENTECOSTE

Últimas Notícias

Publicidade

Post Top Ad

Anuncie aqui!!!

Economia

Anuncie aqui!!!

Legnas Criações

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Ceará teve 16 picos de temperatura igual ou acima de 40ºC em outubro de 2023

Tais picos de temperatura nesta época do ano no Ceará acabam sendo mais comuns porque, principalmente, as chuvas são escassas entre os meses de agosto e novembro.

📷Foto: Reprodução

O mês de outubro de 2023 registrou 16 picos de temperatura igual ou acima de 40ºC no Ceará, conforme monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a partir de informações de Plataformas de Coleta de Dados (PCD) próprias e também do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


Os valores mais expressivos concentraram-se em Jaguaribe, Barro e Crateús. No comparativo com outubro do ano passado, a Funceme aponta uma variação expressiva, já que, na época, houve apenas dois registros a partir de 40ºC.


Tais picos de temperatura nesta época do ano no Ceará acabam sendo mais comuns porque, principalmente, as chuvas são escassas entre os meses de agosto e novembro. O meteorologista Lucas Fumagalli explica que, neste período, o afastamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) da costa cearense, indo em direção ao oceano Atlântico Norte, além da ausência de outros sistemas precipitantes, contribui para diminuir as chuvas e aumentar a incidência de radiação solar em todo Estado.


“Dessa forma, os maiores valores de temperatura, e os menores valores de umidade relativa do ar, geralmente ocorrem nesta época. Em 2023, no entanto, o número de dias com temperatura maior ou igual a 40°C, entre agosto e outubro, está muito maior do que o observado no mesmo período do ano passado. Em 2022 foram dois dias, e em 2023, até 31 de outubro, foram 13”, comenta o pesquisador da Funceme.


Além do cenário climatológico comum (redução das precipitações), dentre os motivos que explicam estes valores destacam-se a atuação do evento El Niño no oceano Pacífico Equatorial que, ao alterar a circulação atmosférica, faz com que haja um maior fluxo de ar de cima para baixo (subsidência), colaborando para aumento do calor na superfície.


Fumagalli lembra que em 2022 a situação era diferente. “No oceano Pacífico Equatorial atuava o evento La Niña, que contribui para aumentar as chuvas no CE, principalmente no início do ano, diminuindo a incidência de radiação solar na superfície”.


Quanto à concentração das maiores temperaturas em determinadas áreas do Estado, como Jaguaribe, Barro e Crateús, isto se dá também pelo distanciamento da faixa litorânea, onde o ar é bastante influenciado pela umidade do oceano Atlântico. Além disso, regiões de vales, como ao longo do vale do rio Jaguaribe, costumam observar os maiores picos devido a efeitos locais, como as menores altitudes do relevo ao longo do curso dos rios.



gcmais

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Top Ad

Anuncie aqui!!!