Os dados recentes trazem como referência a observância até o mês de outubro, sem variação comparada ao índice anterior.
A situação do Ceará era de seca em toda a sua extensão no mês de outubro, seguindo o mesmo cenário ainda em fevereiro, com 60% do território com seca moderada e aproximadamente 40% com seca fraca. Estes são os tipos menos severos de seca. Mas o cenário também aparece um pouco melhor do que em julho, pois entre julho e outubro o Estado passou por maior severidade da seca desde janeiro de 2020, quando 28% do território registrou seca grave.
Em termos de Nordeste, é um dos melhores cenários. Isto porque o Monitor de Secas registrou intensificação do fenômeno nos estados de Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Houve abrandamento na Bahia. Além do Ceará, a situação de estabilidade foi registrada em Alagoas, Maranhão e Piauí.
Entre setembro e outubro, o Maranhão permaneceu com seca fraca em 30% de seu território, com seca moderada em 36% e livre do fenômeno em 34% de sua área. Com isso, o Maranhão foi o estado nordestino com maior área livre de seca e o segundo do Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (46%), conforme o Monitor.
O relatório teve outros apontamentos: considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste teve a melhor condição em termos de severidade do fenômeno em setembro, já que foi a única a não ter registro de seca extrema ou excepcional – as duas mais severas identificadas pelo Monitor.
“Além disso”, diz o Monitor, “o Nordeste teve o maior percentual de território livre de seca: 11%".
O documento acrescenta: O Sul teve a segunda menor severidade do fenômeno no período, com 3% de seca extrema. As condições mais severas foram registradas no Sudeste e no Centro-Oeste, que tiveram respectivamente 8% e 1% de áreas com seca excepcional – a mais severa”.
O ACOMPANHAMENTO
Importante ferramenta de acompanhamento da situação climática no País, o Monitor das Secas realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo, sendo os de curto prazo para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo.
Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e com apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Monitor das Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.
Diário do Nordeste
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