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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Orçamento familiar está pressionado em 2021

Principais altas estão relacionados às despesas com alimentação e moradia. Altas mais importantes, do índice do aluguel e água e esgoto, são bem acima da inflação.

FORTALEZA, CE, Brasil. 04.01.2021: Aumento de preços de produtos em mercantis no Ceará. (Fotos: Deisa Garcêz/Especial para O Povo)

pressão sobre o orçamento familiar retomou com toda força neste início de 2021. Se no ano passado muitos reajustes foram postergados por causa do momento mais crítico da pandemia, a conta precisará ser paga neste ano novo e os reajustes já começaram a ser anunciados. Os principais, relacionados às despesas com alimentação, e moradia, são os mais preocupantes pelo peso que têm sobre a renda dos cearenses.

Uma das primeiras confirmações, ainda nos últimos dias de 2020, é que no fim de janeiro a conta de água e esgoto será reajustada em 12,25% pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). A revisão da tarifa seria oficializada em maio do ano passado, no auge da pandemia, mas foi atrasada para o início deste ano. A Cagece sustenta que a atualização é anual e representa a manutenção periódica de valores junto com variações de inflação.

Outra alta que gera preocupações em quem não tem casa própria é a do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é a base de cálculo para diversos reajustes, o principal deles sendo o do aluguel. O aumento acumulado de 23,14% no índice pode indicar uma elevação acentuada dos valores.

No entanto, segundo Lívia Rigueiral, CEO da plataforma de soluções tecnológicas para corretores imobiliários Homer, está cada vez mais comum a renegociação de contratos em termos diferentes. Para não perder o inquilino ou enfrentar inadimplência, a base de cálculo para reajustes têm sido o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso aconteceu em 2020 e deve continuar como tendência. "O importante sempre será o diálogo entre o inquilino e os proprietários. Para não ficar muito difícil do cliente pagar, é preciso se renovar e readaptar", afirma.

Rodrigo Costa, vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-CE), destaca que até o momento, a definição é que deva prevalecer o diálogo para que se chegue ao entendimento sobre o reajuste. O IGP-M deve servir como um teto na negociação. "Realmente é um aumento que pesa sobre uma despesa fixa como é o aluguel. Em alguns casos, estamos negociando, oferecendo um desconto de 50% no reajuste, a depender do valor de mercado do imóvel."

Outro grande e sensível peso no orçamento e que já data do ano passado é o custo da alimentação. A prévia da inflação de 2020 revela que a pressão nos preços dos alimentos segue em alta, com alta do IPCA-15 dos alimentos de 17,85% no acumulado. Podem ser considerados os principais vilões o óleo de soja, com alta de 117,89% no ano; tomate (102,32%); e arroz (84,85%).

Engel Rocha, administrador de empresas, advogado e proprietária da rede supermercadista Max Rede, diz que por enquanto ainda observamos preços inflacionados nos produtos da cesta básica. Isso é ocasionado por conta pela falta de produtos desde a pandemia, além da pressão referente ao dólar mais valorizado que o real em que os produtores preferiram vender no mercado internacional.

Outro problema que afetou os preços foi que houve falta de embalagens de latas e plásticos no mercado.

"Agora, ainda estamos sofrendo com a questão das exportações e o mercado interno está ficando desabastecido. Isso faz com que os preços permaneçam com essa tendência de alta", diz Engel. Ainda ressalta que os reajustes tarifários também afetam na produção e os custos acabam sendo repassados aos consumidores.

Para o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE), Raul dos Santos, vivemos um momento atípico, pois não houve controle na oferta, já que na pandemia, muitas atividades pararam, seja parcial ou totalmente. "Esse desequilíbrio justifica um pouco esse aumento de preços que estamos observando", observa.

Raul analisa que o estado de calamidade vivido em 2020 abrandou, mas que o represamento dos reajustes do ano passado devem prejudicar os consumidores agora. Ainda assim, não acredita em superinflação. "O aumento da inflação está relacionado à corrida do consumo e nem a infraestrutura, nem a indústria ou os serviços estavam preparados, mas a tendência é que seja estabilizada."

O professor da área de Finanças Pessoais e Comportamentais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Érico Veras Marques, observa que os reajustes das diversas tarifas de serviços no início de ano, em maior parte, precisam ser absorvidos pelo consumidor.

Ele destaca que o consumidor deve traçar estratégias para gastar menos, como montar um grupo de compras para encontrar descontos na alimentação, ou no caso dos planos de saúde, buscar alternativas mais baratas, mas que podem significar uma queda no padrão de atendimento. Buscar novas fontes de receitas em horários livres é alternativa. "Resta ao consumidor a dor, de diminuir de algum lugar, quando se tem aumento de custos sem aumento de receitas."



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