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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Puxada por alimentos, inflação da Grande Fortaleza é a segunda maior do País

 


Atrás somente de Campo Grande (6,65%), Fortaleza registrou a segunda maior inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no acumulado dos últimos 12 meses entre as capitais brasileiras, com 5,56%. O aumento do consumo durante a pandemia, somado ao desabastecimento de commodities no mercado interno devido ao crescimento das exportações, estão entre os principais fatores.

Quando analisado somente novembro, o percentual foi de 0,80%. Apesar do leve recuou ante outubro (0,83%), ainda foi a mais elevada variação para o mês desde 2014, quando foi de 0,81%. Também figurou como o segundo maior indicador de alimentos e bebidas do País, de janeiro a novembro deste ano, chegando a 15,3%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis subiram no último mês.

A maior variação (2,99%) veio de alimentação e bebidas. A segunda maior de vestuário (1,63%), além de grupos comunicação (0,78%), artigos de residência (0,64%), despesas pessoais (0,41%) e habitação (0,26%). Já os grupos saúde e cuidados pessoais (-0,71%) e transportes (-0,15%) sofreram queda.

A economista Thaís Cattani destaca o impacto da escalada do dólar sobre sobre a cesta de consumo do público analisada na pesquisa, que abrange de 1 a 40 salários mínimos. "As commodities acabam sendo influenciadas pelo preço do dólar. Ou seja, mais produtos vão para a exportação porque se tornam mais rentáveis do que manter no mercado interno", explica.

A aceleração verificada no grupo alimentação e bebidas (2,99%) ocorreu principalmente devido às altas mais intensas em alguns itens do subgrupo para consumo no domicílio (3,71%), a exemplo da batata-inglesa (27,88%), óleo de soja (11,32%), arroz (10,13%), carnes (4,45%), aves e ovos (4,42%). No lado das quedas, o destaque foi a cebola (-4,09%).

O economista e diretor do Instituto Brasileiro de Executivos e Finanças (Ibef-CE), Cláudio Gonçalves, pondera que cada família sente de maneira diferente os aumentos. "O consumidor sente a inflação sendo bastante pressionada, sobretudo, na hora de ir aos supermercados comprar óleos, derivados de soja, arroz, algumas frutas e verduras", lista.

"É meio difícil de compreender como o País, que é um dos maiores produtos de soja e arroz do mundo, tenha essas oscilações. É um contrassenso. Mas, precisamos ver de maneira macro", afirma. Cláudio lembra que o consumo de alimentos disparou durante o isolamento social e, ao mesmo tempo, o dólar, até beirou os R$ 6.

Neste cenário nacional, Fortaleza também acompanhou o movimento de inflação. "Para 2021, porém, podemos enxergar alguns alívios. Por exemplo, o dólar tem recuado, isso inibe as exportações e incentiva as importações", explana.

Outro ponto é que a possibilidade do fim do auxílio emergencial, que deu poder de compra às famílias de baixa renda, pode desaquecer o consumo interno e gerar uma estabilização da inflação em curto e médio prazos. No entanto, com oscilações para cima nos períodos de entressafra.




O POVO Mais

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