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sábado, 7 de novembro de 2020

Inflação de alimentos e bebidas de Fortaleza é segunda maior do País; expectativa é de alta em 2021

 


Atrás apenas de Campo Grande (6,42%), a Grande Fortaleza tem a segunda maior inflação de alimentos e bebidas dos últimos 12 meses dentre as capitais brasileiras, com 4,95%. O percentual, medido pelo Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), também é superior à média nacional de 3,92%. Os dados, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sinalizam mais altas em 2021.

Já em outubro, o aumento foi de 0,83%, abaixo da taxa registrada em setembro (1,22%). Puxaram os preços para cima os alimentos e as passagens aéreas. Apesar de redução, é bem acima do observado em 2019, quando o indicador havia ficado em 0,04%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram elevações em outubro.

A maior variação (1,98%) e o maior impacto (0,47 p.p.) vieram, mais uma vez, de alimentação e bebidas, que desaceleraram em relação ao resultado de setembro (3,22%). Isso ocorreu em função das altas menos intensas em alguns alimentos, como o arroz (11,41%) e o óleo de soja (15,44%), que, no mês anterior, haviam ficado em 20,58% e 33,96%, respectivamente.

Por outro lado, a subida do tomate (15,95%) foi maior que em setembro (0,43%). Outros itens, como tubérculos, raízes e legumes (5,53%) e a batata-inglesa (18,44%), também registraram variações positivas em outubro, após recuo dos preços no mês anterior. As carnes encareceram 3,01%. Já no lado das quedas, destacam-se manga (-27,82%), cebola (-13,35%), e hortaliças e verduras (-7,98%).

O segundo maior impacto (0,15 p.p.) sobre a inflação veio dos transportes (0,82%), principalmente, das passagens aéreas (31,88%). Para o economista Alex Araújo, o resultado é muito alto e superior ao esperado em um contexto crítico de pandemia. Porém, acrescenta, alguns fatores tiveram pressão inflacionária, como o auxílio emergencial inicialmente de R$ 600 e a disparada do dólar.

"Quando olhamos outros indicadores gerais de preços e não apenas o IPCA, que traz a cesta do preço para o consumidor, observamos que há um potencial de inflação na ordem de 12%", explana. Ou seja, há uma forte preocupação dos índices gerais que estão na indústria e existe um sinal amarelo, pois há possibilidade de repasse desse aumento represado, avalia. Alex frisa que, a depender dos resultados das eleições dos Estados Unidos e das municipais brasileiras, há margem para amainar esse cenário.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, marcou 0,86% em outubro na Região Metropolitana de Fortaleza. Essa é a segunda maior variação neste ano, menor apenas que o mês de setembro, 1,36%. No acumulado do ano, ficou em 3,84% e, nos últimos 12 meses, em 5,53%.

Para o doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor de economia brasileira da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Feldmann, os números estão bem aquém da realidade observada pela população. Isso porque fatores como o aluguel e a desvalorização do dólar não entram na conta.

Ele aponta que o Índice Geral de Preços Mercado (IGPM), calculado pela FGV, e que engloba esses pontos, mostra uma inflação brasileira de 18%, sendo mais realista à percepção da sociedade.

"Em 2021, não será muito diferente. O governo está numa situação extremamente difícil em razão do déficit fiscal de mais de R$ 1 trilhão e não dá para tapar esse buraco", diz, acrescentando que emissão de títulos não é uma alternativa diante das baixas taxas de juros.

Neste contexto, a única saída é subir os juros. "Está faltando dólar no Brasil. Os agricultores estão aplicando lá fora por conta das exportações das commodities. Outro problema é que o investimento estrangeiro desabou. Não há outra saída. Se as taxas de juros continuarem baixas, a inflação ficará muito mais alta no próximo ano", avalia.


O POVO Online

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