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quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Pedidos para pesquisa mineral no CE saltam mais de 17 vezes em onze anos

Procura por oportunidades de investimento no setor de rochas dispara no Estado, revelam dados da Agência Nacional de Mineração. Novo mapa geológico do Ceará deve ajudar a nortear investimentos públicos e privados

Legenda: Até agora, estão mapeadas oportunidades do setor de rochas ornamentais, mas pode haver possibilidades também para metais raros, como ouro
Foto: Natinho Rodrigues

O número de requerimentos de empresas para realizar pesquisas minerais no Ceará - fase de estudos mais detalhados das potencialidades de exploração mineral - saltou de 8 em 2008 para 142 em 2019, um crescimento de 1.675% (ou mais de 17 vezes), de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), pontuados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), que divulgou mais uma edição do mapa geológico do Ceará.

A partir do mapa, o interesse por estudos mais detalhados por parte do setor privado para investimentos deve crescer ainda mais no Estado.

A avaliação é do gerente de geologia e recursos naturais do SGB-CPRM, Edney Smith Palheta. "Isso vai cada vez mais alavancar o Estado. Até agora, nós temos um conhecimento mais forte nas rochas ornamentais, mas no futuro algo mais interessante pode se centrar nos metais raros como ouro e platina, cobre. Então existe uma vasta área para pesquisa", diz.

Essas pesquisas requeridas junto à ANM são feitas majoritariamente por investidores privados. A partir dos mapas geográficos divulgados pelo SGB-CPRM, o investidor requere um levantamento mais detalhado para verificar a viabilidade de exploração dos recursos da região, detalha o pesquisador do SGB, Tercyo Rinaldo Pinéo. O mapa também tem como finalidade nortear os gestores públicos na realização de obras.

"O investidor privado que tem algum interesse em uma substância mineral realiza uma consulta inicial ao mapa e já consegue, ali, delimitar uma área de interesse. Quando esse investidor for avançar nas atividades, ele vai buscar dados mais detalhados. No caso da gestão pública, será importante para que esses gestores desenvolvam obras hídricas e de acesso, como rodovias. Para isso é preciso ter conhecimento do meio físico, para dimensionar melhor a obra", explica Tercyo Rinaldo Gonçalves Pinéo, pesquisador do SGB.
Rochas ornamentais

As rochas ornamentais estão entre as substâncias minerais destacadas pelo pesquisador, juntamente com as mineraliza-ções auríferas e elementos do grupo da platina, além do fosfato-urânio da jazida de Itataia, utilizado como matéria-prima para a produção de fertilizantes. De acordo com o SGB-CPRM, atualmente há 74 tipos de rochas ornamentais compiladas no Ceará.


"Os produtos que a gente vem desenvolvendo ao longo dos anos tem motivado certamente esses requerimentos", pontua Pinéo.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran-CE), Carlos Rubens Alencar, quanto maior o conhecimento sobre a base geológica do Ceará, maior será a atração de investimentos. "Esses mapas representam um trabalho fundamental. Deveria ter mais investimento no conhecimento da nossa base geológica", diz.

"A falta de investimento para que possamos ter esse conhecimento retarda muito o processo de descoberta. Isso deveria ser uma prioridade, porque geraria mais oportunidade para o Estado. É preciso muito mais incentivo", cobra o presidente do Simagran-CE.

Fonte: Diário do Nordeste

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