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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Justiça do Ceará inocenta prefeito e vereador de Uruburetama acusados de extorquir ex-prefeito

O grupo foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará por exigir a renúncia do cargo do antigo prefeito, sob a ameaça de divulgar vídeos e fotografias de relações sexuais do médico com uma funcionária da Prefeitura.

Artur Wagner Nery assumiu a prefeitura de Uruburetama com o afastamento de José Hilson de Paiva — Foto: JL Rosa


A Justiça Estadual do Ceará inocentou o atual prefeito de Uruburetama, Artur Wagner Vasconcelos Nery, o filho dele e vereador do Município, Alexandre Wagner Albuquerque Nery, a nora do gestor, a advogada Sandra Prado Albuquerque, e o empresário Francisco Leonardo de Castro Bezerra Melo de terem cometido extorsão contra o ex-prefeito, o médico José Hilson de Paiva.

O grupo foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) de exigir, em março do ano passado, que José Hilson renunciasse do cargo de prefeito, sob a ameaça de divulgar vídeos e fotografias de relações sexuais do médico com uma funcionária da Prefeitura.

O ex-prefeito, por sua vez, é acusado de crimes sexuais contra pacientes, nos municípios cearenses de Uruburetama e Cruz, como mostrou o programa Fantástico com exclusividade, em julho de 2019. Ele chegou a ser preso, mas já está solto.


Ginecologista grava vídeos de pacientes nuas e enquanto praticava abusos sexuais

O juiz da 6ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza absolveu sumariamente os quatro acusados de extorsão, em decisão proferida no último dia 19 de fevereiro. "Observa-se claramente, pelo exame dos depoimentos, que existe uma forte conotação política nos fatos narrados", concluiu o juiz.

Denúncia

Segundo a denúncia do Ministério Público, o empresário Francisco Leonardo foi até a residência de José Hilson, em Fortaleza, apresentou cerca de 25 fotografias que mostravam José Hilson tendo relações sexuais extraconjugais com uma mulher e ofereceu a carta de renúncia.

Caso o gestor não renunciasse, o vereador Alexandre Wagner iria divulgar o material para a imprensa, com consentimento da esposa dele, Sandra Albuquerque, e até do pai, à época vice-prefeito, Artur Wagner.

Questionado sobre a decisão da Justiça contrária à acusação, o Ministério Público afirmou, em nota, que "acatou a sentença e não acredita ser conveniente recorrer". "A autoridade responsável pela ação prefere se resguardar ao direito de não se pronunciar sobre o caso", completa o órgão.

O advogado Paulo Pimentel, representante da defesa de Artur Wagner, Alexandre Wagner e Sandra Albuquerque, sustentou que os clientes não praticaram o crime. "Analisando os autos, entendemos que o crime não havia. O doutor Artur, o doutor Alexandre e a doutora Sandra nem lá estavam, no local do fato. Não tinham sequer interesse", explica.

Já a defesa de Francisco Leonardo não foi localizada. No processo, o advogado alegou que o cliente era amigo de José Hilson e que "a todo momento agiu estritamente na tentativa de ajudar um amigo que estava à beira de vivenciar um verdadeiro escândalo em sua vida, oferecendo várias alternativas, entre eles a renúncia, a fim de evitar todos os efeitos negativos que uma exposição indesejada dessa amplitude pudesse resultar".

Crimes sexuais

José Hilson de Paiva era prefeito de Uruburetama e médico no Município quando denúncias de crimes sexuais cometidos por ele contra pacientes vieram a tona, demonstrados em imagens, no programa Fantástico, no dia 14 de julho do ano passado.

As denúncias contra o político se multiplicaram. No dia seguinte, ele foi afastado da Prefeitura. Dois dias depois, teve as atividades médicas suspensas pelo Conselho Regional de Medicina (Cremec). E em outubro do ano passado, teve o cargo de prefeito cassado pela Câmara Municipal de Uruburetama.

O médico foi preso, no dia 19 de julho. E denunciado pelo MPCE por crimes sexuais contra quatro mulheres, em dois processos, que tramitam em Uruburetama e Cruz.

No dia 1º de abril deste ano, ele teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar pela Justiça, com uso de tornozeleira eletrônica, por estar no grupo de risco para contrair a doença Covid-19. O advogado do médico, Leandro Vasques, defende que os crimes prescreveram, "tendo em vista que os vídeos em que essas pessoas aparecem datam de muitos anos atrás".
Médico foi solto em abril deste ano, devido a pandemia do novo coronavírus — Foto: Kid Júnior

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