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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Eunício Oliveira recebeu R$ 1 milhão em propina por obras contra seca, diz delator

O presidente do Senado e candidato à reeleição Eunício Oliveira (MDB) foi apontado como receptor de pelo menos R$ 1 milhão em propina da Galvão Engenharia, na terça-feira (25) por obras contra a seca. A informação foi veiculado pelo jornal O Globo e pelo Jornal Nacional, a partir da delação do ex-superintendente da empreiteira, Jorge Henrique Marques Valença.

A colaboração do delator já foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outros três emedebistas foram apontados na delação: o senador Fernando Bezerra, o ex-deputado Henrique Alves e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Em nota, o candidato ao Senado aponta “falso testemunho” e diz que processará os acusadores.

O pagamento da propina a Eunício teria acontecido em 2012 em troca da liberação de recursos em obras contra a seca no Ceará. Valença citou ocasião específica durante a campanha de 2010, quando a empresa deixou de receber os pagamentos da obra da Barragem Figueiredo e foi cobrar ao Dnocs (Departamento Nacional de Obras de Combate à Seca). A barragem fica no município de Alto Santo e foi inaugurada em 2013.

Segundo relato de Valença, Cesar Pinheiro afirmou na ocasião: “O Eunício me mata se ficar sabendo que eu autorizei um pagamento desse sem uma participação para nós. Não dá para passar um valor desses na minha secretaria sem nenhuma participação”.Conforme O Globo, em conversa com o então secretário de Recursos Hídricos do Estado Cesar Pinheiro, na gestão de Cid Gomes (2007-2014), Valença foi informado de que a liberação de R$ 18 milhões devidos à Galvão Engenharia só aconteceria mediante pagamento de R$ 2,5 milhões ao MDB.

O delator teria dito, então, que não tinha como pagar e contou ter ouvido do secretário: “Você que se arrume com o governador”.
Comprovantes

Conforme O Globo, o delator apresenta comprovantes de doações ao MDB feitas entre 2012 e 2014 que, segundo ele, foram “realizadas em benefício de Eunício Oliveira como forma de pagamento de propina”. Os repasses por meio de doações oficiais totalizaram R$ 1 milhão.

Valença não diz se esteve pessoalmente com políticos do MDB, apontando que negociava com operadores que diziam falar em nome deles. No recibos, há doações, que qualifica como “pagamentos de propina”, para o diretório nacional do MDB, que tinha Eunício como tesoureiro.

Segundo o delator, um desses operadores teria sido o empresário cearense Enio Ellery, além de uma pessoa chamada Cecil, que seriam responsáveis por operar o esquema no Dnocs.

Éllery teria dito a Valença que a prática era pagar um pedágio entre 8% e 7% do valor a receber nos contratos do departamento. Mas que poderia abrir exceção e a construtora pagaria 5%. Éllery e Cecil teriam dito que o pagamento seria partilhado entre Eunício, Henrique Alves, Geddel e, posteriormente, Fernando Bezerra Coelho, sucessor de Geddel no esquema, quando assumiu o Ministério da Integração Nacional, em 2011.
Eunício Oliveira

Ao Jornal Nacional, em nota, o senador Eunício Oliveira disse que “processará criminalmente acusadores que levantam falsos testemunhos contra ele em seus relatos”. Ele afirmou ainda que “muitas delações carecem de provas que as sustentem e várias estão sendo anuladas pela Justiça”. Eunício disse desconhecer os delatores.

“As doações de empresas ao PMDB, feitas na forma da lei e quando isso tinha abrigo em nosso sistema político-partidário, estão todas declaradas ao TSE e aprovadas pela Justiça Eleitoral”, diz a nota.

Não foram localizadas as defesas de Enio Éllery, Cesar Pinheiro e do Dnocs. Henrique Alves e Fernando Bezerra negaram recebimento de vantagem. Geddel não respondeu.

No sábado, O Globo revelou que o ex-executivo da Galvão delatou ter feito repasses via caixa dois a Lúcio Gomes, irmão do presidenciável do PDT Ciro Gomes, em troca da liberação de recursos do Governo do Ceará, na gestão de Cid Gomes. Eles negam as acusações.

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