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terça-feira, 27 de março de 2018

Briga de facções motivou Chacina do Benfica

Impressões digitais confirmam que Douglas estava no carro usado na chacina

No mesmo testemunho em que confessou participação em quatro das sete mortes da chacina, Douglas confirmou que os ataques ocorreram por vingança e no contexto da disputa entre facções criminosas por territórios na Capital. “[Afirmou] que o presente crime não teve relação com rixa de torcidas e sim com brigas de facções”, diz trecho do depoimento.

Segundo o acusado, que admite ter relação com a facção Guardiões do Estado (GDE), ele e outros dois comparsas foram à sede da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) após receberem a informação que um rival, membro do Comando Vermelho (CV), estava no local. 

Ainda de acordo com Douglas, o inimigo já havia o ameaçado de morte e teria envolvimento nas mortes de Renato Timbaúba Farias, Clóvis Tiago e Jorge Luís Rodrigues, todos assassinados nas proximidades da Praça da Gentilândia. Uma vez na sede da TUF, o grupo não localizou o suposto rival, mas procedeu a atirar contra outras pessoas na área que seriam ligadas, segundo eles, ao CV. “[Douglas afirma] que primeiramente passaram em frente à TUF e visualizaram várias pessoas, tendo-as reconhecido como inimigos por pertencerem ao CV”, diz o depoimento. “Deram volta no quarteirão e voltaram novamente para a frente da TUF, ocasião em que os dois homens que estavam com ele desceram e saíram atirando contra indivíduos como pertencentes ao CV”, relata. O testemunho foi incluído em parecer do Ministério Público do Estado (MP-CE) ao qual O POVO teve acesso. No documento, o MP pede ainda o desmembramento de processos envolvendo os acusados, bem como maior andamento de diligências do inquérito policial. 

Versão do acusado confirma a nova linha de investigação, divulgada ontem em coletiva da Perícia Forense do Estado do Ceará, junto com a Polícia Civil. Na época do massacre, o secretário de Segurança do Ceará, delegado André Costa, afirmou que a pasta não descartava a tese de que os homicídios registrados no Benfica tivessem relação direta com disputas entre torcidas organizadas. Afastando a hipótese de disputa entre facções criminosas. 

Um dia após a chacina, o Ministério Público do Estado (MP-CE) emitiu nota cobrando a “imediata extinção das atividades” de torcidas como a TUF e a Associação Torcida Organizada Cearamor. No documento, o órgão também ressaltou que, supostamente, a maioria das vítimas do massacre eram ligadas à torcidas organizadas.

Preso dia 10 em um apartamento no Meireles, Douglas Matias da Silva teve prisão preventiva decretada na semana passada. Segundo a Polícia Civil, ele teria participado, ao lado de Stefferson Mateus Rodrigues e Francisco Elisson Chaves, dos ataques realizados em Fiat Punto da cor branca na sede da TUF, com quatro mortes. 

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) ainda não divulgou suspeitos que estariam no Honda Civic, outro veículo que teria sido utilizado nos ataques. Segundo apuração inicial do caso, teria sido este segundo carro o que realizou os homicídios executados na Praça da Gentilândia, com três mortos e dois feridos em estado grave.

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