Editorial: A quem interessa o Vereador Daniel do Zé Gomes fora da CPI?

A crise moral e política vivenciada nos dias de hoje aflige a sociedade brasileira. A credibilidade e confiança em nossos representantes nunca foram tão questionadas como vemos nesse momento. Além disso, a palavra corrupção domina as conversas e comentários em nossos lares, jornais e revistas e mídias sociais. Tais assuntos também repercutem em Pentecoste. Muitos querendo saber quando irá começar a CPI que investigará esquema de corrupção e cobrança de propinas denunciadas através do Blog Notícias de Pentecoste. Uns cobram, outros afirmam mais uma vez que “não vai dar em nada” ou mesmo que “tudo vai terminar em pizza”. 

Nem bem iniciou a CPI, já tivemos vários fatos curiosos! O último deles, a emissão de um parecer jurídico que, trocando em miúdos, impede o vereador de exercer o seu DEVER, sua OBRIGAÇÃO de fiscalizar os fatos denunciados. Tudo como conseqüência de um pedido do principal suspeito e denunciado de cobrar propinas (total inversão de valores!), o qual alega ser o vereador seu inimigo capital e haver o sentimento de desfecho desfavorável ao secretário em relação à causa. Nenhuma preocupação com o povo de Pentecoste, apenas com o secretário!

Vejamos então como o episódio se tornou tão inusitado. O povo de pentecoste paga a cada um de seus representantes, a bagatela de R$ 5.200,00 (bom salário, diga-se de passagem), para que os mesmos cumpram suas funções essenciais: LEGISLAR e FISCALIZAR. E AGORA? Como explicarão povo pentecostense que está pagando o salário de um vereador em vão, se o mesmo não pode investigar os fatos denunciados? Tá pagando o salário dele para quê? 

Isso é de uma gravidade extrema! Parlamentares de oposição, por discordar do “modus operandi” empregado pelos gestores não podem mais declarar ou emitir opiniões sob a pena de serem então considerados inimigos e então declarados suspeitos para participar de uma comissão investigatória. É o cúmulo do absurdo! E por falar nisso, é do conhecimento do público em geral que as CPIs têm caráter meramente investigatório e não de julgamento. Afinal, judiciário existe para isso, não é verdade? Os fatos apurados e uma vez se obtendo comprovação da veracidade dos mesmos, deve ser encaminhado ao Ministério Público com vistas a responsabilização civil e/ou criminal dos envolvidos. 

Há uma pergunta que não quer calar, insistentemente pronunciada no seio da sociedade pentecostense: por que tanto medo? O que há por trás do submundo da administração municipal de Pentecoste? Por que o desespero em cercear a participação do vereador? Onde está a tão famosa transparência? 

A decisão final, que já deveria ter sido tomada pela presidência da Casa, sobre a suspeição do vereador será tomada na próxima Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Pentecoste, pelo colegiado de vereadores. E nós, população? O que podemos fazer? Dar a parcela de contribuição que nos cabe nesse momento: cobrar, exigir de cada representante o cumprimento de seu dever conferido por nossa gente e honrar sua palavra dita por ocasião da posse do mandato. 

Vamos à luta! Lembre-se que nós pentecostenses somos o povo que “não se cansa de ter coragem de ser”. Sejamos então corajosos para enfrentar a batalha pela boa administração pública, pela correta aplicação dos recursos financeiros, pelo zelo com nossa cidade! 

Blog Notícias de Pentecoste