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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Dr. Pedro Eymard fala da falta de recursos financeiros para o Centro de Pesquisas em Aquicultura.

Instituto volta a cobrar política para a aquicultura

Por: Da redação

Na visão do presidente é inadmissível que o Ceará com a escassez de água consiga ter uma das maiores produção de peixes e camarões do país

O presidente do Instituto AQUIAP, Emanuel Brito, em companhia do empresário amapaense José Carlos Cardoso, estiveram semana passada em Fortaleza (CE), e participaram de encontros com fazendeiros do ramo da aquicultura para trocas de experiências com os profissionais renomados do Ceará.Todas as despesas de Brito foram custeadas pelos empresários cearenses, Sebastião Cavalcante e Webhester Cavalcante, proprietários da empresa Pedraleza.

Conhecendo
Os empresários cearenses estiveram no Amapá no último mês de abril, e depois de conhecerem o trabalho desenvolvido por Brito, convidaram-no para esta visita, aonde organizaram a agenda de encontros em instituições de pesquisa e empresários do ramo da aquicultura. O presidente da AQUIAP vem realizando inúmeras viagens, sempre preocupado em aumentar seus conhecimentos e repassar aos produtores, com o objetivo de colaborar com o crescimento do setor no Amapá. É o profissional que mais tem se reciclado nesta área no Estado, e isto demonstra o seu compromisso e determinação para tornar a atividade aquícola, um braço forte da nossa economia.

Visita
No Centro de Pesquisas em Aquicultura, administrado pelo DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), que fica localizado no município de Pentecoste, distante a 89 km da capital, foram recebidos pelo senhor Pedro Eymard, coordenador de Pesca e Aquicultura. A instituição é uma referência na região Nordeste do Brasil, e realiza pesquisas de melhoramento genético, reprodução de peixes nativos, reversão sexual da tilápia, alevinagem, nutrição de peixes, cultivo do camarão, tecnologia de processamento de pescado e monitoramento ambiental, além do Projeto Pirarucu. Os amapaenses tiveram a oportunidade de conhecer de perto, os projetos desenvolvidos na região e vivenciar, mais a fundo, experiências nas diversas áreas da pesca.

Reprodução
Participaram de uma aula prática de campo voltada para a genética, reprodução e alevinagem de tilápias. Destaque para os trabalhos desenvolvidos com o pirarucu (Arapaima gigas), e com o aprendizado no aperfeiçoamento em tecnologia do pescado, com a engenheira agrônoma, Socorro Chacon, que realiza experiências com diversos produtos a base de peixe. Conforme declaração de Pedro Eymard, a instituição atravessa um momento delicado, em relação à falta de recursos financeiros, e principalmente a falta d’água, que atinge todo o Estado do Ceará, e que tem dificultado os trabalhos da equipe de técnicos e pesquisadores.

Seca
Para o leitor ter uma ideia, nos quatro primeiros meses do ano, o Estado não teve precipitações suficientes para compensar a demanda e a evaporação dos recursos hídricos. Com a pior recarga de açudes monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (COGERH), em 17 anos (838 milhões de m³ de água), o volume de água do Ceará baixou de 21% no início de 2015, para 20,4% em maio, último mês de quadra chuvosa. Atualmente, conforme a COGEHR), 27 dos 151 açudes têm volume morto e outros 14 estão secos. E mesmo com este problema gigantesco, a produção de alevinos é de 100 mil unidades por mês, antes era de 100 milhões/ano, e mesmo assim, não era suficiente para abastecer os produtores.

Fazenda
No dia seguinte, sempre acompanhado dos empresários cearenses, se deslocaram até o município de Itaiçaba, que fica localizado na microrregião do litoral de Aracati, mesorregião do Jaguaribe, distante 150 km da capital. A visita foi na Fazenda Itaimar, de propriedade do amapaense Eduardo Correa, de tradicional família amaparina. Neste encontro, Brito fez um relato aos empresários presentes, sobre o potencial fantástico que o Amapá dispõe para a produção de peixes e camarão em larga escala, e que na crise de água pelo o qual passa o Estado do Ceará, investi em solo amapaense é uma alternativa promissora, onde todos sairiam ganhando. Segundo Eduardo, a fazenda tem 150 hectares de viveiros escavados, e a produção é de 2,5 toneladas por hectare, e o mais importante, a comercialização é realizada dentro da própria fazenda, garantindo o investimento do empreendimento.

Degustação
O empresário Eduardo Corrêa convidou todos os presentes para se assentarem à mesa, e degustarem de pratos deliciosos de tilápia ao molho, camarão cremoso e uma deliciosa feijoada, tudo da melhor qualidade. Depois das visitas e encontros com empresários do ramo da aquicultura, Brito fez o seguinte comentário: “sou grato a Deus, pelas oportunidades que tenho recebido, pois você ser convidado a fazer uma verdadeira turnê, e ter a receptividade que tivemos aqui, é algo que nos gratifica muito. E a cada viagem, resulta em mais conhecimento e esta busca tem que ser constante, pois pelo fato de estarmos atrasados em relação aos demais Estados da federação, a única forma de não estagnarmos, é sempre correr em busca de informações, para que possamos repassar isso aos nossos produtores, e com isto, continuarmos contribuindo com o crescimento do setor, e tenho uma confiança muito grande em Deus, de que um dia, seremos recompensados por esses anos de luta, na maioria das vezes de forma isolada, mas sempre acreditando que o nosso sonho em breve será realizado, e enquanto esse dia não chega, vou continuar indo para outros Estados, em busca de parceiros que tenham uma visão de empreendedorismo, e estimular esses empresários a vir investir em nosso Estado, que tem um potencial fantástico, para sermos uma referência da aquicultura nacional e internacional, eu acredito”, desabafou.

Vontade
Na visão de Brito, o Estado precisa urgente implantar uma política para o setor, pois é inadmissível que o Estado do Ceará, com a escassez de água e a crise enfrentada ao longo dos anos, consiga ter uma das maiores produção de peixes e camarões do país, enquanto nós, com a maior reserva de água doce do planeta, temos uma produção tímida, e isto na base de muito esforço e perseverança. Esta é a razão maior de incentivar empresários de fora, a vir para o Amapá, pois caso contrário, o poder público continuará fingindo que investe, e o produtor fingindo que produz.

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