A violência no trânsito no Brasil é uma triste realidade que
permeia a vida de famílias de todas as raças, culturas ou religiões, classes de
renda e níveis de escolaridade, do Sul ao Norte do País. Entretanto, não
estamos todos igualmente sujeitos aos mesmos riscos. Há um período da vida em
que os riscos da mobilidade se tornam crescentes e especialmente perversos – um
longo período que coincide com os anos escolares da educação básica da
juventude.
Nossas crianças e nossos adolescentes formam um grupo
especialmente vulnerável à violência em geral ao longo das três etapas da
educação básica: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
As mortes no trânsito na faixa etária de 0 a
19 anos cresceram 54,5% na primeira década do século XXI. Em 2010, de cada 10
jovens com menos de 19 anos que morreram por causas externas (englobando todas
as causas violentas e não naturais), 3 perderam a vida em acidentes de
trânsito. Esses acidentes já representavam a segunda maior causa de morte a
partir de 1 ano de idade e se mantinham assim até o início da maioridade (e, na
verdade, até pelo menos os 35 anos de idade).
Veja a situação que ocorre no Distrito Sebastião de Abreu –
Serrota, onde as crianças de uma creche e da maior escola da comunidade enfrentam
todos os dias o desafio de ir e vir sem ser atropeladas, tendo que atravessar a
CE 341 que liga Serrota – Apuiares, passando por um transito desorganizado e
perigoso. Nossa reportagem flagrou o momento exato dos estudantes que se
aventuraram pra fazer a travessia correndo risco de vida.
A solução pautada pela a sociedade seria que as autoridades
colocassem um redutor de velocidade naquele trecho, diminuindo assim as
possibilidades de acidentes e zelando pelo o direito de ir e vir daquelas
crianças e adolescentes. Outra solução seria a construção de uma creche ou até
mesmo uma escola onde aquelas crianças não precisassem fazer tão perigosa
travessia.
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