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sábado, 28 de março de 2015

Hedlund Erik, aluno da Unilab conta como foi a experiência de estudar fora pelo Ciência sem Fronteiras



Entrevistamos o estudante do curso de Engenharia de Energias e ex-bolsista do Ciência sem Fronteiras, Hedlund Erik, que através do programa teve a oportunidade de estudar por mais de um ano, numa universidade dos EUA.

O que te motivou a escolher o curso de Engenharia de Energias, na Unilab?

Bom, o curso que eu queria mesmo era Engenharia da Computação, então pensei que seria uma boa me matricular lá na UFC em Sobral e depois que chegasse o curso em Fortaleza, eu poderia mudar para lá, pois eu achava que seria melhor estudar em Fortaleza. Então me matriculei tanto na UNILAB, no curso de engenharia de energias, como na UFC em Sobral, no curso de Engenharia da Computação.
No princípio foi só por me matricular mesmo que me inscrevi na UNILAB, mas depois que saiu o resultado que eu tinha passado nas duas, então fiquei na indecisão. Por fim, acabei escolhendo a UNILAB, pois teria muito mais aprendizado estudando em uma universidade com um diferencial das outras, que é a questão da internacionalização.

Como você ficou sabendo do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e o que te motivou a participar?

Antes de entrar na UNILAB, eu tinha achado o programa através da Internet e fiquei muito interessado em participar e isso me motivou mais pela área das engenharias. Assisti a todos os vídeos que estavam presentes no canal do CsF no Youtube, das experiências. Isso foi um grande motivador.

Explique como foi desde o processo de inscrição no CsF, até sua ida para os EUA.

Ouvi falar que o programa estava com inscrições abertas pela professora Artemis Pessoa. Ela falou na sala de aula sobre o programa e que deveríamos nos inscrever. Então, junto com alguns colegas, resolvemos nos inscrever para Portugal porque sabíamos pouco ou quase nada de inglês. O início das inscrições foi para levar a documentação para a coordenação do CsF para ser homologado. Isso foi relativamente fácil, mas em minha mente nem daria certo. Depois que a universidade homologou as inscrições, e estávamos pré-classificados, então foi que percebi que poderia ser possível conseguir estudar fora.
Como fomos os primeiros da universidade e o programa era novo, pouco se sabia sobre como as coisas funcionavam. Estávamos perdidos em relação a tudo do programa, então recebi a notícia de que nosso edital foi cancelado pois tiveram muitas inscrições para Portugal e o motivo era que poucos sabiam inglês ou outra língua para ir morar em outro país. Então o governo deu a opção de escolher outro país, uma vez que eles dariam acesso a um curso de inglês na universidade de nossa escolha. Foi assim que escolhi o Reino Unido, mas novamente tive que mudar porque eles exigiam uma nota razoável no inglês, já que como um estudante de escola pública que nunca teve um curso de inglês, eu certamente tiraria um zero. Novamente nos deram a opção de escolher os Estados Unidos, então certamente mudei.
O processo de ida foi de muita correria, não tive muito tempo de pensar que iria sair para outro país, passar mais de um ano fora. No início não parei para pensar como seria, ou mesmo imaginar como é a vida lá fora, só pensava em conseguir a documentação. Após o corre-corre, no último dia, na última hora, dentro do aeroporto foi que “caiu a ficha”, que iria morar fora por um longo tempo.

Conte-nos um pouco como foi à experiência de estudar, numa universidade, fora do país.

Estudar fora foi muito valioso para minha vida pessoal e profissional. A universidade em que eu estava é enorme, com boa infraestrutura e uma metodologia de ensino diferente da que tenho costume aqui no Brasil. A universidade era uma “cidade” dentro de outra cidade. Basicamente tinha tudo que precisava dentro da universidade: residência, restaurante, atendimento hospitalar, bibliotecas, praça de alimentação, campo de futebol, quadras de basquete, piscinas, salas de racquetball, academia, dentre outros. A parte de ensino é diferente, começando na questão de pontualidade exigida dos alunos. Durante o curso de inglês, atrasos eram contados como 0,25 de falta e com 7 faltas sem justificativa, o estudante poderia ser expulso da universidade. Os professores raramente atrasavam e, quando isso acontecia, já se desculpavam e diziam o motivo. Um caso extremo que aconteceu na minha sala foi de o professor dar aula de meias pois chegou atrasado 4 minutos e não deu tempo trocar o tênis, pois ele tinha vindo de bicicleta, e usava um tênis apropriado para pedalar. Entre outras coisas mais, como aulas de 50 minutos, aulas com demonstração, tempo para ir tirar dúvidas diretamente com o professor...
Morar fora é uma experiência muito boa. Aprender uma nova língua, conhecemos novas pessoas, os novos costumes fazem com que aprendamos sobre outros lugares, nós mesmo e nosso país. Até mesmo abre nossa mente para problemas que temos que não veríamos se não conhecêssemos outra realidade fora da nossa e abandonar pré-conceitos que tínhamos sobre determinados locais.

Quais os maiores desafios vivenciados na experiência de bolsista do Ciência sem Fronteiras?

Chegar em um país sem saber falar a língua é muito difícil. Mas minha sorte foi que muitos brasileiros já estavam lá e isso facilitou muito no primeiro momento. Outro desafio é a inexperiência/falta de conhecimento sobre a vida lá fora. Mas o maior desafio, fora adaptação, é a saudade.

Um momento marcante para você no Ciência sem Fronteiras.

Eu não tenho um momento marcante. O CsF como um todo é a coisa mais marcante de todas. Escolher uma em especial é difícil.

A língua. Quais os desafios e superações?

Os primeiros 3 meses são os piores. É a necessidade de falar e não conseguir se expressar, não entender os outros. Mas o melhor momento, o mais marcante foi quando um dia percebi que estava entendendo tudo que a outra pessoa estava falando, é como um nascimento. Iniciei pensando que não conseguiria aprender, que era muito difícil, mas perceber que conseguia entender, isso foi uma superação.

O país lhe deu a oportunidade de estudar fora, adquirir mais conhecimento e experiências. O que você pretende fazer para retribuir?

Começando por essa entrevista, já é um passo como retribuição, pois ela pode ajudar outras pessoas a não desistir, incentivar e conseguir vencer na vida, não só participando de um programa como esse, mas outros projetos pessoais, mas além disso, faço parte do projeto PRECE – Programa de Educação em Células Cooperativas - que incentiva universitários que passaram por ele para voltar para suas comunidades e ajudar outros estudantes a conseguir entrar na universidade. Esse programa me deu mais consciência de que eu posso e que vou compartilhar com outras pessoas o que aprendi.

Qual mensagem você deixaria para os estudantes que querem participar do Programa Ciência sem Fronteiras?

Não pense duas vezes, vá! Rs. Fora isso, é uma experiência enriquecedora que vai refletir depois na vida profissional e muito mais na vida pessoal, então, aprenda logo uma língua (duas, três...) e não perca tempo, se inscreva e vá. Aproveite como puder, volte e retribua o que recebeu.

Por Jaqueline Viana
Centro de Línguas/ Ciência sem Fronteiras/ Idioma sem Fronteiras - Unilab

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