
Século XXIII... Indubitavelmente um paraíso com toda comodidade do mundo!
E para que ir a uma biblioteca? Ou sair para comprar o jornal na banquinha do
lado?! Ir a farmácia nem se fal; ao banco muito pior! Pois, estão todos
interligados. Hoje, muito se fala de Internet e sua ramificação interligando um
lugar a outro. Um dispositivo adquirido
no final do século XX... Imagine para os internautas esse recurso no bojo dos
duzentos anos futuros, onde o homem seja o alvo ou se faça presente a essa
ostentação quase que imposta às intransigências de uma nova época!
Presume-se que o homem nem possa
imaginar tamanho aparato, em total conflito consigo mesmo. Com vidas
hiper-modernas e visões estereotipadas das coisas. Se fizer sentido, tudo pode
acontecer. Até um papel higiênico ilustrado com textos moderníssimos. E pra que
falar em celular, se o futuro já vai nos permitir arrumar a bagagem juntos,
mesmo estando um na Europa e outro na America Latina! Também fará sentido a sua
casa monitorada pela cibernética, com mão-de-obra robótica e decorada com um
traço arquitetônico-nordestino, resquícios de um século XIX. Ir á lua, para
que? Se o homem em seu estado cósmico já fará o seu monitoramento, olhando aqui
da terra! É que depois de tanta comodidade por esse desenvolvimento simultâneo
o homem possa discordar de ir até a garagem para pegar seu carro. E projete para o futuro uma esteira
eletrônica que o leve até lá. Onde o controle remoto também seja substituído
por um piscar de olho, evitando assim, do mesmo contorcer-se ou fazer uso de
sua tal mobilidade. Nesse caso, uma lente no olhar abrirá as portas da
comodidade e transformará o homem num ser paralitico ou doente pelo seu estado
sedentário.
Se nos séculos passados o homem
tentava provar para o mundo que a terra era redonda, hoje se martiriza com seu
desenvolvimento e desafios quase que imputáveis quando se certifica que, mesmo
com todo o acesso a informação e a educação, ainda muito poucos sabem! Apesar
de todo desenvolvimento, temos índices que nos remetem aos tempos primitivos. O
retorno de mazelas tidas como erradicadas e a mais temida delas, o Ebola. Um
desafio para os gestores da saúde mundial. E se tudo isso é justificável,
tomara que não perdure para sempre esse mecanismo cuja possibilidade possa
impregnar a visão dos humanos! É que posto aos avanços também não se molde um
fútil sentimento em função do seu orgulho moderno. E se poucos sabem, muitos
não compreendem que em detrimento a um futuro “homem-máquina”, a morte possa
tomar o lugar da vida e a saúde adoeça quando não houver critérios aos seus
aprendizados! Portanto, se algo nos possibilita a uma nova vida,
certifiquemo-nos que não são apenas os avanços tecnológicos que trarão uma nova
vida. Será também a forma como tratamos estas tecnologias e modernidades que
podem nos mostrar o melhor caminho a seguir.
Dedico essa crônica ao meu neto, David Luiz... Que supostamente um dia também deverá mostrá-la aos seus netinhos.
Gonzaga Barbosa, em a crônica do Mês...
Participação especial Márcio Mesquita
31/12/14
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