O Vereador Zezinho Xavier usou a tribuna da Camara na última sessão e lamentou ter conseguido apenas um emprego na atual gestão e se sente desprestigiado.
O vereador disse que se esforça bastante, mas não é bem visto. "Acho que é por que sou negro", frisa o vereador se sentindo triste.
Nessa fala do vereador Zezinho Xavier cabe uma reflexão... Até quanto vale a pena ser subserviente? Será se não está na hora do vereador exercer o seu papel de parlamentar em vez de ficar lamentando?
O vereador disse que se esforça bastante, mas não é bem visto. "Acho que é por que sou negro", frisa o vereador se sentindo triste.
Nessa fala do vereador Zezinho Xavier cabe uma reflexão... Até quanto vale a pena ser subserviente? Será se não está na hora do vereador exercer o seu papel de parlamentar em vez de ficar lamentando?
Dois fatos merecem destacar na fala do queixoso Vereador Zezinho. A primeira, a referência ao fato de ser negro e por isso estar esquecido pela Prefeita, e a risada generalizada que tal comentário provocou nos vereadores presentes. Todos rindo de uma realidade muito dura que é vida da pessoa negra no Brasil. Acertou o vereador Zezinho quando vinculou o esquecimento do “poder público” e a cor negra da pele. De fato os negros no Brasil, segundo dados do respeitável IBGE, são a parcela maior da população brasileira pobre, sem escolaridade e desempregados e com as piores condições de moradia. Saíram da condição de escravos a 126 anos, mas o estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Dívida que o Brasil ainda hoje não pagou. Vejam a cor dos jovens que morrem às pencas, pretos e pobres. Vejam os presos “são quase todos pretos, ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres” como diz Caetano Veloso. Prejuízo que ainda hoje a sociedade brasileira corre atrás e o Vereador poderia muito bem contribuir para minorar com sua atuação pública, assim como seus colegas, e que nada tem de divertido. O menino “raimundim” que morreu essa semana aí em Pentecoste era preto, pobre, sem escolaridade e filho de mãe preta, pobre e sem escolaridade e sem perspectiva de vida. Uma chaga que se repete com uma cicatriz na cor negra da pele brasileira e que insiste em ficar na várias gerações.
ResponderExcluirMas, grave também é a questão que deu origem à fala do Vereador Zezinho e que me parece caso de investigação pelo Ministério Público. A suposta troca de favores entre a Chefe do Poder Executivo e sua bancada de vereadores. Infelizmente uma prática imoral e ilegal que já se incorporou à vida política brasileira e é tratada de forma natural pelos representantes do povo a ponto de ser levada à tribuna em tom de galhofa ou mesmo, quem sabe, de extorsão. Gostaria mesmo era de ver o Vereador Zezinho e seus pares lutando para tirar da situação de exclusão social os muitos “raimundins” que estão nas ruas de Pentecoste que os elegeu.
Dois fatos merecem destacar na fala do queixoso Vereador Zezinho. A primeira, a referência ao fato de ser negro e por isso estar esquecido pela Prefeita, e a risada generalizada que tal comentário provocou nos vereadores presentes. Todos rindo de uma realidade muito dura que é vida da pessoa negra no Brasil. Acertou o vereador Zezinho quando vinculou o esquecimento do “poder público” e a cor negra da pele. De fato os negros no Brasil, segundo dados do respeitável IBGE, são a parcela maior da população brasileira pobre, sem escolaridade e desempregados e com as piores condições de moradia. Saíram da condição de escravos a 126 anos, mas o estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Dívida que o Brasil ainda hoje não pagou. Vejam a cor dos jovens que morrem às pencas, pretos e pobres. Vejam os presos “são quase todos pretos, ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres” como diz Caetano Veloso. Prejuízo que ainda hoje a sociedade brasileira corre atrás e o Vereador poderia muito bem contribuir para minorar com sua atuação pública, assim como seus colegas, e que nada tem de divertido. O menino “raimundim” que morreu essa semana aí em Pentecoste era preto, pobre, sem escolaridade e filho de mãe preta, pobre e sem escolaridade e sem perspectiva de vida. Uma chaga que se repete com uma cicatriz na cor negra da pele brasileira e que insiste em ficar na várias gerações.
ResponderExcluirMas, grave também é a questão que deu origem à fala do Vereador Zezinho e que me parece caso de investigação pelo Ministério Público. A suposta troca de favores entre a Chefe do Poder Executivo e sua bancada de vereadores. Infelizmente uma prática imoral e ilegal que já se incorporou à vida política brasileira e é tratada de forma natural pelos representantes do povo a ponto de ser levada à tribuna em tom de galhofa ou mesmo, quem sabe, de extorsão. Gostaria mesmo era ver o Vereador Zezinho e seus pares lutando para tirar da situação de exclusão social os muitos “raimundins” que estão nas ruas de Pentecoste que os elegeu. E aí quem sabe rirmos junto, mas desta vez, de felicidade. Lamentável