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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ligue 180: denúncias de violência contra a mulher no Ceará caem

Segundo a coordenadora da Central de Atendimento à Mulher, Clarissa Carvalho, essa redução está relacionada à falta de campanhas sobre o tema

A taxa de registros na Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – alcançou 140,85 denúncias por 100 mil mulheres no Ceará durante o primeiro semestre de 2013, segundo a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 18,86%, quando a taxa foi de 173,58 denúncias.

Mesmo com a diminuição de denúncias, a coordenadora destaca que 53% dos municípios cearenses registraram alguma denúncia (FOTO: CNJ)

Segundo a coordenadora da Central de Atendimento à Mulher, Clarissa Carvalho, essa redução está relacionada à falta de campanhas sobre o tema. “A gente percebe que qualquer campanha e divulgação aumentam as denúncias quando acontecem e depois (quando acabam) os índices voltam a diminuir. A gente concluiu que essas campanhas precisam ser constantes”.

Mesmo com a diminuição de denúncias, a coordenadora destaca que 53% dos municípios cearenses registraram alguma denúncia, ou seja, embora a intensidade das ligações tenham diminuído, percebe-se que o serviço não está limitado à capital.

Fenômeno cultural

Segundo Clarisse, a violência contra as mulheres é um fenômeno cultural, sendo este um dos principais responsáveis pelos casos. Durante muitos anos, essas ações foram legitimadas, consideradas característica normal nas famílias. “Ele (fenômeno) destrói a família e ensina as crianças a se expressar de forma violenta. Então temos que mudar essa visão”.

Desta forma, torna-se fundamental realizar campanhas na sociedade, treinamentos nas escolas, empoderar mulheres, ouvir movimentos os femininos e garantir o funcionamento do poder público. A coordenadora destaca que mídia deve evitar retratar mulheres como submissas, mesmo que na ficção, devido a influência que esta exerce.

No Nordeste, Alagoas aparece em primeiro lugar no ranking com taxa de 425,18 denúncias a cada 100 mil mulheres. O estado subiu da oitava posição, no primeiro semestre do ano passado, para a quarta no ranking nacional. Para a SPM, as taxas dos atendimentos revelam a disseminação da informação nos estados, seja por meio de campanhas de enfrentamento à violência contra as mulheres ou por qualquer tipo de divulgação, fatores que facilitam o acesso das vítimas ao serviço.

Violência doméstica

O principal caso de violência registrado pela central é a doméstica, com mais 80% dos casos. Clarisse conta que geralmente os agressores são o (a) companheiro (a), marido (esposa), namorado (a), noivo (a), totalizando mais de 83% dos casos. 4% dos registros são relatos de situações que podem resultar na morte da mulher. As principais vítimas (50%) tem entre 20 e 39 anos e 82% delas têm filhos, dos quais 64% presenciam a violência cometida contra a mãe.

Casos de tráfico de pessoas e cárcere privado correspondem à 1% das denúncias e houve um crescimento de 17 casos, no primeiro semestre de 2012, para 263, no mesmo período deste ano. Nessas situações, a central encaminha a denúncia para a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) de cada Estado respectivamente.

O Distrito Federal lidera o ranking nacional com 673,53 denúncias a cada 100 mil mulheres. A posição é mantida desde o ano passado quando foram registradas 625,69 ligações. Em seguida, aparece o Pará com 458,40 denúncias e o Rio de Janeiro com 431,50.

Denuncie

A Central de Atendimento foi criada com o objetivo de orientar as mulheres sobre onde buscar a proteção do Serviço Público e o direito que têm. Assim, elas obtêm informações sem precisar sair de casa e são encaminhadas para o serviço mais próximo onde conseguirão ajuda. A coordenadora explica que todos os dias o catálogo da central é atualizada por uma equipe com delegacias especializadas ou não de todos os municípios brasileiros.

O serviço funciona todos os dias, incluindo domingos e feriados durante as 24 horas do dia. Para denunciar, basta ligar 180 em qualquer lugar do país. A central também atende mulheres no exterior, oferecendo ligação gratuita para as brasileiras pelos números: 900 990 055 na Espanha, 800 172 211 na Itália e 800 800 550 em Portugal. Nos três casos, deve-se fazer a opção 1 e depois informar os números 61-3799.0180 (Espanha), 61-3799.018 (Itália) ou 61-3799.0180 (Portugal).

Tribuna do Ceará

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