UM DOMINGO NUNCA IGUAL AOS OUTROS
Um filho de Pentecoste no vaticano!

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m domingo nunca
igual aos outros. Um dia agradabilíssimo que a mim foi destinado, uma grande
missão rever amigos e amigas e, de quebra, reverenciar um momento impar a um
homem de Deus, que numa busca inconstante, sobe mais um degrau na sua vida
episcopal. Padre Arnoldo Sales deixa o Ceará, e porque não dizer, as raízes da
sua Sebastião de Abreu (Serrota), distrito de Pentecoste, para se doar, para
viver a sua vocação confinado nas dependências do vaticano, em Roma, capital
italiana. Nesse dia singular fizeram-se presentes na sua felicitação uma gama
de amigos, familiares, gente do seu tempo de sacerdócio, da sua infância,
pessoas religiosas, enfim, um “mundo” de seguidores. Um celeiro de grandes
criaturas que lhe fizeram representar em todos os sentidos, seja nos dedos
ágeis do menino tecladista, no entoado do som que se ouvia do acordeom do Pe.
Neto, e da voz e violão de Lindomar, que mostrou com elegância e criatividade o
famoso xote pé de serra, fazendo-nos lembrar da musicalidade de Gonzagão,
Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, e o velho Sivuca.
No salão podia se ver uma multidão
que, entre uma música e outra, disputava a dança de salão bem extrovertida por
aquele anfitrião. Uns dançavam a sós, até conseguir a sua parceira (podendo até
se confirmar que nesse baile o bis se proibia, e dançar sozinho ao padre era
proibido). Da cozinha um aviso! É
hora do almoço, mas o cronista alojado ao pé do freezer fez ouvido de mercador, pois o melhor estava lá: uma skol e um petisco servidos pelo seu
velho parceiro (Chico da Eletrônica). Saíram os músicos, mas o som ambiente nos
fez companhia, pois alguns de nós desprezamos o self service, contentando-nos com a breja, o barbecue e o
clima de leveza e salubridade operantes no ambiente. Desfeito o trio, algo
melhor não podia acontecer: a vinda de uma cantora que, a meu ver, fora
projetada para irradiar boas vibes
nessa tarde fagueira. Bom para os agraciados que ouviam suas canções, mas para
o jovem tecladista, um momento de mostrar ainda mais seu talento artístico,
pois o repertório da Lindinês se difundia com o seu, que se assemelhava à
musica de Gonzagão, “um pra la, dois pra cá e outro bem no meio!” É que nessa difusão a poesia deu o
tom...
Cai-se a tarde e poucos veem... E,
se veem, ignoram por não quererem se dispersar em razão do coro que ecoa no
salão: “prepara, agora, é o show das poderosas”. É o
vigor da juventude em seus apelos musicais de ultima geração, coisa de “horário
nobre”. Tive que sair e aos presentes fiz a minha singela despedida,
principalmente ao Pe. Arnoldo Sales que, embalado pelas sábias palavras de seu
primo Faruco Gomes, teve por fim uma sincera homenagem:- “Vá padre, nos representar
diante do povo europeu, vá e traga pra nós mais conhecimentos, seja o nosso
representante no vaticano, que seremos o seu interlocutor nesses dias ausentes
dos seus familiares... Seja mais um nesse grande desafio na busca de dias
melhores para a nossa igreja em findo estado de graça.”. – E
dado o toque de recolher saí dali na certeza do dever cumprido, externando
votos de que esse ilustre concidadão tenha uma boa acolhida pelo povo ITALIANO.
Crônica:
Gonzaga Barbosa
Revisão e dialeto inglês:
Marcílio Sam
Dentro do contexto da crônica e de sua publicação, listarei, aqui, três facetas que nos enchem de orgulho: a primeira trata da disponibilização deste blog, da oportunização por ele dada para as coisas boas de nossa terra se disseminarem, e mostrar que o ruim existe mas o bom não fica de fora; depois destaco a boa letra do poeta Gonzaga Barbosa, onde, nesta crônica, deixa mais nítida ainda sua versatilidade; em terceiro, trato do tema e o desenrolar: unir religião ao social pode ser uma boa forma de desvincular as pessoas da fé cega, uma vez que não ser demasiadamente sagrado não significa ser profano!, e o texto faz essa crítica, mostra união do social, da festa, do moderno, unidos a religião.
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