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segunda-feira, 24 de junho de 2013

MANIFESTAÇÃO POPULAR EM PENTECOSTE: UMA ANÁLISE

Por Zeca Amorim
Num momento prévio, falei da inquietação das pessoas, da organização do evento e de sua data: o movimento iria acontecer. E, como não poderia ser diferente, enfatizei sua legitimidade, dando créditos aos estudantes organizadores, fomentando a ação; era a corroboração da democracia plena, o subversivo próprio de uma juventude que pretende melhorar as coisas, o mundo.
Tudo bem, aconteceu...

Diante deste acontecer, eis-me aqui, de novo; agora com o intuito de analisar, de avaliar criticamente. Naquele primeiro momento, destaquei alguns comentários surgidos que apontavam para um possível fracasso do movimento e afirmei que eles eram ilegítimos, quando apresentei argumentos para tanto, apontando os verdadeiros ideais das manifestações Brasil afora e defendendo a mesma prática pelas bandas de cá.

Não podemos dizer que o movimento de Pentecoste, tenha seguido com afinco o mesmo padrão de organização e ideologia daqueles, porém, seria muitíssimo injusto dizer que este foi desvirtuado. Obviamente, se estamos em um município, residimos nele, retrataremos este município e batalhemos por melhoras a seu nível, contextualizadamente.

E dentro de nosso contexto, como foi realizada a manifestação, assim também apresento uma análise reflexiva dela. Embora o teor social seja quase indissociável do político, podemos fazer tal análise separadamente.

No viés SOCIAL, a manifestação popular protestante em Pentecoste pode ser tida como positiva, embora bem aquém do esperado pelos organizadores. Segundo estes, no quesito participação o movimento, em seu ponto de partida, contou com um número de 300 manifestantes e, como vimos, teve este número reduzido em sua concentração final. Independente disto, tudo transcorreu pacificamente do começo ao fim, sendo que não foi necessário qualquer interrupção, notando-se que até mesmo o recinto onde havia evento cultural organizado pelo governo municipal o movimento acessou sem dificuldades. A liberdade de expressão prevaleceu. 

Portanto, foi uma ação legítima, coerente, válida, onde aqueles que lá estiveram usaram suas liberdades de pensamento e puderam contribuir, a seu modo, para a melhoria de seu município, seu povo.
Já na vertente POLÍTICA, o movimento revelou dados não objetivados. Pode-se dizer que se tratou de uma consulta pública indireta e informal. Em uma palavra, a proclamação da esperança do povo com relação a seus representantes políticos nos poderes Executivo e Legislativo. Assim podemos dizer porque, como visto, o movimento foi divulgado e deu-se em caráter local, o que chama a atenção para a mensuração do desempenho destes atores e instituições também neste âmbito.

Nesses termos, entende-se que a participação popular em grande massa revelaria a insatisfação do povo para com o conjunto político, ou mesmo membros. Ou seja, uma proporcionalidade entre o aglomerado e crédito ou descrédito. E eu vi um mínimo de gente que traduz um máximo de aceitação política!

No entanto, isso não vem demonstrar que está tudo bem, que o povo está satisfeito, mas que este deposita créditos, está convicto de que se está sendo oferecido um mínimo, e há esperança de um amanhã melhor. Isto é, há uma tolerância, uma expectativa nas pessoas e isso é refletido pela performance, até então, de seus representantes políticos. Essa revelação, involuntária, deve ser aceita tanto por otimistas como pessimistas políticos porque nasceu de uma ação; os manifestantes queriam o povo na rua, buscavam as respostas populares, o desvelo de suas angústias, suas decepções. Pode não ter sido em números reais, mas os aproximados falam por si.

Portanto, numa visão geral, fez-se aquilo que se propôs; se idealizou lutas e se lutou! O que não se idealizou e aconteceu faz parte do todo e deve ser aceito. Se há uma democracia, que ela seja para todos, para o pro e para o contra meu pensamento! 

E como se sugeriu noticiar POSITIVAMENTE nosso município, assim se fez!

Zeca Amorim é professor da rede pública municipal de Pentecoste

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