
A manifestação está agendada, os estudantes de Pentecoste realizam seu primeiro movimento social de cunho protestante, onde navegam numa onda que já banha grandiosa parte do Brasil. Se estão providos de substâncias acerca desses movimentos, não sei!, porém sei que estão abarrotados de sonhos, e fundamentados naquilo que os impulsiona: A DEMOCRACIA.
No entanto, andei lendo neste recinto social algumas opiniões que enfatizam uma vertente antagônica ao verdadeiro ideal das manifestações. Se diz que o movimento possivelmente falhará porque os pentecostenses são medrosos, temem por seus empregos, não abrem mão das "tetas da Prefeitura" e um outro tanto de sugestões.
Tais manifestações, tais opiniões desvirtuam as reais pretensões do acontecimento. Primeiro que as manifestações Brasil afora não têm quaisquer naturezas político-partidárias(a não ser que em Pentecoste a ideia seja outra); e segundo que, se tivesse, isso não seria álibi para justificar o insucesso do movimento haja vista o município ter mais de 35 mil habitantes e, dentre esses, haver um mínimo, um número relativamente inexpressivo de pessoas com relação direta com o Poder Público municipal. Em uma palavra, a massa popular abunda e a elite carece.
Nesses termos, a Manifestação em Pentecoste está com toda uma estrutura a disposição: temos gente, temos causas, temos espaços! Resta saber se temos conhecimentos e organização para tanto. Valendo, no entanto, ressaltar que ao sugerir conhecimento e organização, falo de idear para concretizar; falo de norteamento da ação, de saber o que protestar,onde e como protestar, e, principalmente, contra o que e/ou quem protestar.
Esse "contra o que e/ou quem protestar" vem desmantelar todas os argumentos, as opiniões que tratei lá no início; ideologicamente se protesta contra um inimigo paradoxalmente abstrato e muito concreto: A CORRUPÇÃO. Assim vale notar que ela está imbuída no Estado brasileiro historicamente. Ela não é própria de um Presidente, de um governador, prefeito ou qualquer político isolado.
Portanto, que venha a manifestação, que a aplaudamos, mas que a reconheçamos como um instrumento genérico de conscientização social e política e não como manobra para elevar o meu partido e abaixar o do meu algoz; como meio de aparecer na mídia, independente da forma como. A abracemos como fim para dizer NÓS SOMOS CONSCIENTES MAS EDUCADOS E RESPEITOSOS; SOMOS LUTADORES MAS PACÍFICOS!
Esta é uma forma de noticiarmos nosso município POSITIVAMENTE.
Assim, abramos as portas da consciência e fechamos as portas do pessimismo e do partidarismo!
Por Zeca Amorim - Professor da Municipal
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