A operação do Ministério Público em Quixadá, chamada Miragem, foi criticada pelo deputado Danilo Forte que citou as palavras do responsável pela operação, o promotor Carlos André Clark, segundo as quais não havia denúncia de desvio de dinheiro público, denúncia de corrupção e nem denúncia de peculato, apenas suposição de irregularidades nas licitações,por isso, recebeu este nome. Danilo questionou o estardalhaço da operação que mobilizou 200 policiais para recolher documentos e computadores nas residências dos secretários e pediu o afastamento de todos os auxiliares do prefeito.
Em pronunciamento na Câmara Federal, Danilo disse se houve exagero foi na operação do Ministério Público que inverteu o paradigma, adotando a premissa de que todos são culpados até prova em contrário. O Ministério Público considerou que houve exagero nas licitações feitas em Quixadá, que totalizaram 15 milhões de reais. Destacando que o município tem uma população superior a 80 mil habitantes, Danilo Forte destacou que esse tipo de situação paralisa as administrações, descontinua a prestação de serviço público, desacredita a boa fé das pessoas, criminaliza os políticos eleitos pelo povo. Como fica a honra dessas pessoas, quando constatado que não houve dolo? – indagou o parlamentar.
Lembrando que o prefeito João da Sapataria foi preso por que não detinha a posse de arma de um revolver encontrado em sua residência, Danilo Forte lamentou a carnavalização das ações do Ministério Público e disse que operações dessa natureza explica o debate que a Casa precisa fazer sobre o sistema de freios e contrapesos necessários ao regime democrático. “Com o mesmo vigor com que se enfrenta a corrupção, precisamos enfrentar a criminalidade, à afronta ao Estado Democrático de Direito que tem se cometido Brasil a fora”.
Assessoria de Imprensa
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