
FORAM TANTOS E “TONTOS” QUE NÃO
DECIFRARAM O AMOR!
Gonzaga Barbosa
Quisera um dia tentar
entender essa química que deu origem ao amor. Quisera ainda mais entender toda
essa magia de um começo, recomeço e fim.
O COMEÇO, o que podemos chamar de um encontro casual; RECOMEÇO,um passo
para que se afine novamente; e, por fim, o FIM,um todo que se rendeu ao
fracasso. Apesar de todos tentarem essa definição, sempre faltou algo concreto,
algo capaz de preencher essa lacuna existente. Os poetas, por exemplo, desenharam
o amor com tanta riqueza de detalhes e primazias que suas poesias se
transformaram em canções imortais. Mas, mesmo assim, não foi encontrada uma
definição. Cronistas, Filósofos, comediantes atores e outros muito mais que se
puseram no anonimato também tentaram. Foi uma infinidade de homens que jamais
encontraram palavras para definir com veemência essa parte literária que fala
do “coração”. E de sua relação com o amar...
Foram tantos e “tontos”
que com o maior tento ainda não conseguiram. Nietzsche também tentou! “O
amor é o estado no qual os homens tem todas as probabilidades de ver as coisas
tal como elas não são”. O que podemos misteriosamente imaginar (o côncavo e o
convexo). Vinicius na sua (a)parição poética talvez até embriagado pelos ares
de Ipanema (ou álcool etílico mesmo) foi mais um tento: “Quero vivê-lo em cada vão
momento/E em seu louvor hei de espalhar meu canto/E rir meu riso e derramar meu
pranto/ Ao seu pesar ou meu contentamento”. E já sem muita apropriação
ao sexo, mas ao complexo do sexo do mesmo sexo, Marcílio Sam se intervém a esse
labirinto: Nas entrelinhas, / A
essência do teu prazer. Na leveza do toque, / A tua práxis, /O extrato do teu
ser.
E lá se foram décadas, séculos e milênios
e cada um na sua busca inconstante de como dar prioridade ao amor, seja nos
ares dos BRASILIS ou LUZITANOS, na simbologia da linguagem poética ou no
assimilar do poeta Luiz Vaz de Camões que também assim tentou definir o amor: “A mor
é fogo que se arde sem se ver”. Desta feita, este poeta das
crônicas, Gonzaga Barbosa, também não podia ficar de fora e deixar de falar de
um grande amor em um de meus textos, texto esse ora sub e objetivo com sua
versão de um amor impossível como sempre tenho versado: “Quisera mensurar o meu ilimitado
amor!/Mais verdadeiro do que ficção/Quanto mais profundo do que denso/ E que
não se recomende uma medicação”.
Onde
a presença forte da poesia jamais deixe o seu mérito e por justa razão
encontre-se num grande diálogo entre o leitor e o escritor mesmo que seja
falando de um amor de cabaré, assim abortou em seu texto meu grande amigo de
coletânea Gildo Gomes a se referenciar a uma Maria qualquer: “Eu
sou a puta... Sou quem refrigero a alma dos que ardem de desejo. Eu sou a
puta... Não nego meu ofício porque além de amá-lo, creio na dignidade do
trabalho.” A priori nunca se saberá por qual motivo esses
tantos e tontos não decifraram de forma abrangente essa retaliação tão sublime
que é o desvendar do amor. Márcio Mesquita assim também se definiu no amor: Apague-se este complexo/Invada-me/ Em profusão/De boca e
beijo.
O
decifrar de muitos que talvez nem tivessem tempo de amar, mas “morreram”
apaixonados. Que talvez fingissem ter amado para descobrir a dimensão da
palavra AMOR! Morreram tanto,
morrerei tonto e o AMOR continuará
indecifrável!
Vamos nós: Gonzaga Barbosa é Poeta, Cronista, Ex vereador de Pentecoste e atualmente é enfermeiro no Hospital de Pentecoste. Só lembrando que semanalmente ele vai escrever uma cronica para o Blog Notícias de Pentecoste que tem o intuito de incentivar a cultura de nossa gente!!!
Bravo! Muito bom o texto do poeta Barbosa; é a representação cultural, artística, e, ainda, filosófica de nosso povo pentecostense. Parabéns, ao poeta e cronista pela obra e ao Legnas por divulgar as coisas boas de nosso rincão!
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