Os municípios do sertão cearense estão enfrentando as maiores dificuldades dos últimos cinqüenta anos por conta grande seca que assola o estado. Na região do Vale do Curú a situação é mais preocupante ainda, pois o número de agricultores inscritos nos programas sociais do governo, como Garantia Safra e Bolsa Estiagem, é insignificante diante dos números de famílias em situação de vulnerabilidade e, como os prazos de inscrição nesses programas já inspirou os agricultores não cadastrados não sabem a quem recorrer.
Diante da calamidade enfrentada os presidentes dos sindicatos rurais da região estão muito preocupados e aguardam apenas a chegada do dia 19, dia de São José para, se não começar a chover, começar a cobrar com mais profundidade as providencias dos orgão responsáveis, inclusive chamando a FETRAECE – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará, para ver qual a melhor estratégia a ser adotada.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Itapajé (STTRI), Raimundo Josifran Alves, o governo do estado não está fazendo nada pelos agricultores, as únicas ajudas que eles estão tendo é do governo federal (Seguro Safra e Bolsa Estiagem). Ainda segundo Josifran a FETRAECE vai esperar até o dia 19 de março, caso o governo estadual não tome providencia, a Federação em parceria com sindicatos tomará medidas mais duras, no amparo ao trabalhador rural.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município de Pentecoste, Francisco Solon Nunes de Sousa, também aguardará o dia 19 de março, "pois é a última esperança do agricultor e só tomaremos uma posição após essa data". No caso de Pentecoste a situação ainda é mais séria, pois existem 13.000 agricultores, dos quais 7.000 são associados ao sindicato, sendo que apenas 1.927 estão inscritos no Garantia Safra 2012/2013.
Por Tabosa Filho
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