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domingo, 20 de janeiro de 2013

Em plena seca, Dnocs vive crise estrutural e ética

O órgão federal vem sendo muito criticado por falta de estrutura e pessoal. Denúncias de irregularidades não cessam

Instalações e equipamentos sucateados, número defasado de funcionários e várias denúncias de corrupção e aparelhamento político. No epicentro da pior seca das últimas décadas, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) vive hoje crise estrutural e ética, que prejudica ações fundamentais no combate aos danos da estiagem e envolve até a presidência da Câmara dos Deputados.


“Os perímetros irrigados do Dnocs no Ceará estão abandonados. Visitei eles com o Emerson (Fernandes, diretor do Dnocs) e constatamos o descaso. Em Paraipaba, você tem bombas d’água que estão 30 anos sem manutenção. Em Pentecoste, as calhas estão todas quebradas”, diz o deputado Danilo Forte (PMDB).

Para ele, falta clareza na política de funcionamento do órgão, responsável pela manutenção de perímetros irrigados, barragens e açudes em toda a região Nordeste.

Já o deputado Eudes Xavier (PT) critica a estratégia de “forte esvaziamento político” atualmente empregada no Dnocs, priorizando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

“Há uma forte tendência no Ministério da Integração Nacional em fortalecer essa companhia, esvaziando muitas funções do Dnocs. Não é concebível que um órgão como o Dnocs, com mais de cem anos de história, tenha prerrogativas diminuídas dessa forma”, avalia.

Irregularidades
Nos últimos anos, o Dnocs se notabilizou pelas recorrentes denúncias de irregularidades envolvendo sua gestão de pessoal e contratos firmados. Em janeiro do ano passado, relatório da Controladoria Geral da União (CGU) apontando prejuízos de R$ 312 milhões na gestão do órgão provocaram o afastamento do então diretor do Dnocs, Elias Fernandes.

Nessa semana, o Departamento voltou ao noticiário nacional após o jornal Folha de S.Paulo denunciar que a empresa de um assessor do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), recebeu pelo menos R$ 1,2 milhão do Dnocs por meio de convênios com Prefeituras.

Henrique Alves, que exerce forte influência sobre o Dnocs e teria indicado o atual diretor do órgão, Emerson Fernandes, é o favorito na eleição deste ano à Presidência da Câmara dos Deputados, que ocorre em fevereiro. Em campanha, ele deve visitar Fortaleza na próxima sexta-feira, 18.

Saiba mais

Eudes Xavier critica a falta de concurso público para o órgão. Segundo ele, o Dnocs funciona com 1.700 servidores, mas deveria contar com mais 500.

O deputado critica ainda o processo de indicação política existente no órgão: “Há uma relação de esquartejamento político que não condiz com a importância do Dnocs”, diz.

Sobre as denúncias de irregularidades envolvendo o órgão, Danilo Forte afirma: “Acontece pois ele é gerido por homens e mulheres, mas isso não significa que a instituição deva ser extinta”.

O Povo

Um comentário:

  1. O DNOCS é emblemático para retratar o "jeito petista de governar". Tem se tornado um antro de corrupção e acoitamento de ilegalidades. Pentecoste, por exemplo, tinha uma miniusina hidrelétrica movida pelas águas das galerias que abastecem os canais de irrigação, era uma energia de graça e suficiente para abastecer as necessidades do próprio Centro de Pesquisas. Está desativada há mais de trinta anos. Para ilustrar bem essa "política" basta ver as obras de Transposição do Rio São Francisco que já custam, no mínimo, três vezes mais do que foi proposto no projeto original e até agora o que se vê é corrução, desperdício e safadeza. É uma pena. Não fora a abnegação pessoal de bons técnicos, como o engenheiro Pedro e sua esposa, a coisa estaria, se é que é possível, ainda pior.

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