DE PARACURU-CE Repercute em todo Paracuru, na região do Vale do Curu, no resto do Ceará, descambando para todas as bandas e cercanias do Brasil, a audiência pública legislativa realizada dia 5, quinta-feira, pela Câmara Municipal deste município --presentes só três dos seus nove vereadores--no horário antecedente a sua reunião ordinária. Convocada no encontro preliminar com empresários em 28 de junho, a mesa diretora chamou a população, por sistema de som volante, para tomar conhecimento do projeto empresarial de instalação de um estaleiro e outras atividades industriais no entorno da área de proteção ambiental do estuário do rio Curu. E, também, para discuti-lo e opinar.
O encontro objetivava, preliminarmente, assentar posições sobre o projeto de lei reformulado e reenviado pelo poder executivo a deliberação do legislativo, quanto à transferência de um terreno público de 25 hectares e benfeitorias nele existentes para a empresa Happy Peixe, subsidiária da espanhola Aresa Boats.
NO CANTO DA PAREDE Não foram as lúcidas e veementes exposições das comunidades das águas do rio e mar e dos ambientalistas que poderiam ter influído no ímpeto de renúncia da empresa Happy Peixe Participações ao seu projeto de instalação de estaleiro e outros empreendimentos industriais acessórios na e em torno da unidade de proteção ambiental do estuário do rio Curu.
Na sua exposição no início da audiência pública legislativa, não houve apresentação do projeto de estaleiro ou algo que proporcionasse algum tipo de conhecimento técnico ou de densidade informativa a iniciados ou leigos.
O que se sabia sobre as intenções exploratórias da Happy Peixe era remetido à semana anterior, dia 28 de junho, --quando o consultor da empresa, espanhol Tamir Gaspar, expusera em planilha eletrônica simples uma parte das diretrizes para projeto ainda não consolidado em prancheta.
A novel empresa --anunciada e proclamada-- de fabricação, navegação eletrônica e pesca industrial de longo curso, --na ocasião da audiência legislativa, representada pelos dois diretores brasileiros Fabiano Moreno Lima e Maxmiliano Carvalho Mapurunga, --teve seu discurso lido pelo segundo, na abertura dos trabalhos, denominando-o de carta.
Nela --a carta-- traçou os caminhos de constituição da empresa, suas parcerias, seus apoios e/ou saudantes/admiradores no âmbito do poder público e, --para surpresa geral--, condicionou a continuidade de sua proposta industrial-comercial, em Paracuru, a aprovação naquela data, sem quaisquer restrições, do projeto de lei de doação de área originária do Estado para o município, com finalidade específica, e deste para a Happy Peixe.
(Em edição continuada.)
SECRETÁRIO PERDE MODOS O Secretário de Desenvolvimento Econômico de Paracuru, Davi Nunes de Lima, junto com o empresário Fabiano Moreno, tentara cabalar voto favorável do vice-presidente da Câmara, Washington Luís (Magão), antes da sessão do dia 5, argumentando que a densidade popular que ia chegando para a APL era somente uma minoria sem representatividade política e que o vereador poderia ter o povo contra si na próxima eleição. Magão relatou o fato publicamente na Câmara, para desapontamento daqueles interlocutores.
Davi Nunes -- já apenado judicial e alternativamente --duas vezes!-- por agravos cometidos contra o ambientalista Edmundo Ferreira, não pararia por lá e, no dia seguinte, 6, no programa Mar Azul Notícias, da rádio comunitária homônima, expeliu adjetivos insultuosos contra os de pensar diferente do seu e do do sistema gerencial instalado, que participaram da audiência pública legislativa
DE COMO O SECRETÁRIO PENSA No player F&V replica todo o conteúdo da fala do secretário e da de comentaristas moderadores, sinalizando complucks os intervalos não pertinentes àquele contexto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário