
Mas ela precisa ser vista com aquela mesma cautela com que Deus advertiu a Caim que vigiasse: “O pecado está às portas, é um desejo forte, mas a cada um cumpre dominá-lo”!
Agradeço à criação que eu e meus irmãos tivemos: nosso pai, homem de temperamento austero e frugal, sempre dizia – “meus filhos são tão suscetíveis a erros como os das outras pessoas” – e assim, fomos crescendo com uma auto-imagem equilibrada, isentos do “excesso” de vaidade.
De sorte que evito contato com pessoas que demonstram aquele ar de soberba, não faço amizade e sequer tenho prazer de conversar com pessoas de “nariz empinado”!
Por outro lado, rendo-me facilmente diante das mais singelas demonstrações de humildade.
Ontem comentava com minha esposa, o e-mail discreto que recebi do nobre conferencista árabe – Samir Mustafá – que tem um testemunho impressionante de conversão do Islamismo à Fé Cristã.
Possuidor de um cabedal enorme de cultura, dando seu testemunho entremeando o Português, com árabe, espanhol e inglês fluente, disse ter se lembrado de mim quando estive pregando nos Estado Unidos anos atrás, e em nímia gentileza e simplicidade, diz: “Desejo ter mais comunhão com o irmão, a fim de aprender mais”!? [já imaginaram tal humildade?]
Um dia depois – coincidência ou não – recebo outro e-mail com o convite de outro pastor, e um “curriculum vitae” enorme, com títulos intermináveis, como se isso fosse “cartão de apresentação” para uma amizade ou que titularidades sejam sinal de sabedoria... (Tiago capítulo 3, versos 13 a 18).
A questão é que a vaidade – como o mau hálito – freqüentemente não é notada por quem a possui; de tão sutil e por vezes dissimulada, sequer percebemos que muitas vezes ela está silenciosamente orientando nossas ações.
Todos nós precisamos vigiar nosso próprio coração quanto a isso.
Porque de tão insidiosa, a vaidade pode se esconder no coração de quem se encanta com a própria humildade.
Darckson Lira.
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