A Confederação Brasileira de Trabalhadores da Polícia Civil (Cobrapol) envia nesta segunda-feira (9) uma comissão ao Estado do Ceará para acompanhar e auxiliar o Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci) na abertura de um canal de negociação com o governo para o atendimento das reivindicações dos policiais civis, que decidiram retomar a greve no último dia 3 de janeiro.
O presidente da Cobrapol, Jânio Bosco Gandra, se reúne com representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), em Brasília, onde será debatido o processo de negociação entre os grevistas e o Governo do Estado.
Braços cruzados
Policiais civis do estado do Ceará permanecem paralisados, nesta segunda-feira (9), aguardando um posicionamento do Governo do Estado para voltar ao trabalho, informa o secretário-geral do Sinpoci, Hernani Leal. Segundo o secretário-geral, as delegacias estão 100% paradas e os policiais, acampados na Praça em frente à Superintendência da Polícia Civil, somente voltarão ao trabalho após um posicionamento do Governo.
"Hoje (nesta segunda-feira) nós vamos à Beira-Mar fazer panfletagem, pedir a compreensão da sociedade. Nosso movimento propõe melhorar o atendimento à própria sociedade", diz Hernani. Os policiais civis do estado do Ceará estão em campanha salarial e decidiram paralisar as atividades na última terça-feira (3).
O Diário do Nordeste Online tentou entrar em contato com o procurador-geral do Estado, Fernando Oliveira, e com o superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, mas os telefonemas não foram atendidos.
Defensoria orienta população
A Defensoria Pública Geral do Estado divulgou nota, na manhã desta segunda-feira, com alguns procedimentos para orientar a população durante greve da Polícia Civil.
Segundo a nota, a defensoria está acompanhando a paralisação dos Policiais Civis, juntamente com outras entidades, a fim de funcionar como mediadora e observadora para a solução do impasse entre policiais e governo.
Presos transferidos
Na última sexta-feira (6), 250 detentos foram transferidos das delegacias distritais, especializadas e metropolitanas da Grande Fortaleza para unidade carcerárias no estado do Ceará.
A decisão de transferir os presos se deu pela superlotação de xadrezes, combinada com a paralisação dos policiais civis.
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