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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pastor Darckson Lira: PERDOE! MAS NÃO ESQUEÇA.



Não é sinal de sanidade física nem psicológica, nem tampouco é correto ou prudente que tal coisa aconteça.Nós nos acostumamos com chavões morais e religiosos, clichês desgastados pelo uso e nem sempre paramos para refletir sobre afirmações tão populares como esta: “Quem perdoa esquece”!
Aprecio quando o apóstolo Paulo em sua peculiar franqueza, afirma ao recordar seu passado: “A mim, que noutro tempo era blasfemo e perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade” (I Epístola de Paulo a Timóteo, capítulo 1 verso 13).

Diferentemente, Pedro parece ter “esquecido totalmente” aqueles trágicos e vergonhosos acontecimentos que o envolveram...

Postulo considerarmos que: o ato de perdoarmos aqueles que nos causam danos, não significa esquecimento das ofensas e transgressões.

Tenho uma pregação acerca da Ressurreição de Jesus, e do “porque” das marcas no Corpo Ressurreto e Glorificado.

“Que feridas são essas em tuas mãos? São as feridas com que fui ferido na casa de meus amigos” (Zacarias capítulo 13, verso 6)

Que bela lição!

Ele não olha para as feridas que lhe causamos, com desgosto, amargura ou raiva: Mas Ele nos ensina a reconstruir nossa história ao fazer uma leitura nova dela, inserindo-a em outro contexto!
Precisamos lembrar gente! Não se sintam mal ao se lembrarem daqueles que lhes causaram males! É sinal de saúde, é demonstração de prudência! 

Pensar diferente disso é pieguice inútil e perigosa!

Mas, não fiquem remoendo, não guardem o ressentimento!

Não fiquem se alimentando de mágoas, olhando aquele velho álbum de fotos amareladas e cheias de mofo, lamentando as “desgraças” do passado.

Dê a volta por cima!

O grande filósofo Schopenhauer, nos fornece dados interessantes (estão vendo como filosofia não faz mal a quem sabe fazer bom uso dela? Radicalismo religioso faz mal com certeza), pois bem; o pensador nos diz que: 

“Esquecer”, ofensas e coisas desagradáveis, significa jogar pela janela, experiências preciosas, importantes e que nos custaram caro demais!

“Esquecer”, é se expor a novos riscos, tais como alguns bem comuns, que são justamente sermos feridos repetidas vezes por gente a quem demos uma segunda ou terceira (ou sabe-se lá quantas) chances!

É quase certo – diz o filósofo – que em situação análoga, o tal que “aprontou uma vez”, vá repetir a dose, e com mais facilidade se perceber que é imprescindível para você.

Está entendendo?

Ele fala como filósofo de modo “nu e cru”, da realidade cruel de homens não regenerados de verdade (e sabemos pela história e experiência que isso é raro mesmo), quando passam por alguma maquiagem emocional, vivenciam algum estado de alteração psíquica, experienciam alguma mudança puramente circunstancial, juram que não repetirão, a gente confia, e ei-los a nos decepcionarem mais vezes!

“O caráter é absolutamente incorrigível, e as ações humanas brotam de um principio íntimo, em virtude do qual, o homem, em circunstâncias iguais, tem sempre de fazer o mesmo e não é diferente”.
Creio, que "Nascer de Novo" pode ser um fato: mas milhares só trocam a roupa da religião e não o coração! E é aqui que todo cuidado é pouco...

Vejam que estamos confrontados com modos distintos de ver a realidade: podemos afirmar nossa convicção em mudanças efetuadas por algum poder sobrenatural (Deus) ou alguma disposição metafísica do próprio homem (vontade e propósito firme) que mude radicalmente seus processos internos, percepções e atitudes, mas, na maioria das vezes o que temos visto são milhões em ambientes religiosos jurando mudanças e falando de transformações, quando tudo não passa de um “controle momentâneo” (podendo durar muito tempo, mas voltando a eclodir algum dia) operado por imposições coercitivas externas que um dia acabam perdendo para as “pulsões” jamais completamente mortas.

Daí o conselho é: “Se a tal pessoa que vive a te ferir e causar prejuízos é tão importante e valiosa que mereça essa permissão de sua parte para que repita diversas vezes as mesmas coisas que te causam males, vá em frente. Mas, consciente que a tendência é de que tudo se repita, e podendo ir se agravando até chegar ao ponto de uma ruptura inevitável com prejuízos bem maiores”!

Caso pense de modo contrário – e não vou pedir perdão aqui pelo meu realismo – ponha um fim no negócio, e mesmo com dores recomece alguma outra coisa.
Ou, no mínimo siga, mas sem esquecer a possibilidade de que aconteça uma nova decepção, e se não acontecer dê graça a Deus por isso!

Sabe aquela frase, “ame o seu vizinho, mas não derrube a cerca que separa os quintais”?
Acho que já deu prá entender...
É mais ou menos isso.

Darckson Lira.

4 comentários:

  1. Muito bons os artigos do Pastor Lyra. Gosto muito da racionalidade usada por ele, com muita fidelidade no seu credo mas sem radicalismo religioso! PARABÉNS, PASTOR!

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  2. Grato Zeca!
    Não creio que no patamar civilizacional que estamos, o mundo ainda deva suportar visões radicais e excludentes.
    Por enquanto só temos o planeta terra e vamos ter de aprender a compartilhar tudo que ele tem, com respeito às liberdades de cada um, celebrando o pluralismo da existência.

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  3. Pastor Darckson gostei muito do texto. Louvo a Deus pela sua vida. Fiquei muito feliz por saber que o amado pastor é também de minha cidade natal, Senador Pompeu. Sei que a pessoa do Pastor Darckson para ser o que ela é hoje, passou por vários processos para ter este entendimento. Muitos querem chegar lá, mas não querem passar pelo caminho legítimo. Esse caminho é dorido, mas somos transformados pelo Senhor. Enquanto estamos a caminhar andamos por fé, apesar da aparente irracionalidade das circunstancias, no entanto quando não desistimos e avançamos neste caminho passamos a ver o sentido e a razão de tudo. Parabéns!
    Júnior

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  4. Obrigado Junior!
    Suas palavras são verdadeiras e maduras.
    Sim, sou da terra amada de Senador Pompeu, minha familia veio para Fortaleza eu era muito criança, mas recordo-me que meu primeiro violão foi um presente do amigo de minha familia prefeito França Cambraia.
    Lá meu velho e querido pai - Chico Lira - foi proprietário de um bar e restaurante, e diversas vezes Vereador.
    Enfim, obrigado pelo carinho demonstrado em suas palavras.
    É com muito orgulho que afirmo que minha história teve sua origem ali pelo bravo sertão central!

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