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sábado, 20 de agosto de 2011

Violência em Pentecoste: Medo e silêncio após o crime




Barreiras foram montadas, na manhã de ontem, pela Polícia Militar nas entradas da cidade. Todos os automóveis, motos e coletivos foram revistados. PMs buscam apreender armas e drogas
FOTOS: JOSÉ LEOMAR

A Polícia trabalha para impedir que o sentimento de impunidade e medo se estabeleça no Município. Reforços do 9º Batalhão (Itapipoca) foram deslocados para Pentecoste, Apuiarés e General Sampaio

A juíza da Comarca, Marília Lima Fontoura, busca acelerar o julgamento dos processos que tratam de homicídios e atentados

Delegado Breno Machado fala da rixa entre famílias e tráfico como motivos das execuções

Polícia Militar faz uma operação para prender os pistoleiros. A ordem partiu do comandante do Policiamento do Interior


Pentecoste Medo e silêncio. Estes são os sentimentos vividos pela população deste Município (a 88Km de Fortaleza) depois das cenas de violência ocorridas na noite de quarta-feira passada, quando dois homens foram mortos após irem ao sepultamento de outro. Uma desavença entre duas famílias e o envolvimento delas com o tráfico de drogas e crimes de pistolagem na região fazem os habitantes ficarem temerosos de novos conflitos. A Polícia Militar reforçou a segurança na cidade e agora caça os suspeitos.

O crime ocorreu por volta das 19 horas de quarta-feira, quando dois homens, identificados como Evaldo Carloto Bezerra, 39; e José Alaílson Martins Cunha, 28, foram fuzilados no cruzamento da Rua Padre Sinval Facundo com a Avenida Gomes da Silva, no bairro Vila Nova, nos arredores desta cidade. Ambos foram executados com vários tiros, provavelmente disparados de revólveres.

Evaldo Carloto Bezerra e José Alaílson Martins Cunha eram, respectivamente, filho e sobrinho do pistoleiro e ex-presidiário Moacir Bezerra Cunha, 75, que, no dia anterior (terça-feira, 16), fora assassinado na Vila Peri, em Fortaleza, num provável crime de vingança.

Silêncio

Ontem, a Reportagem acompanhou o drama da população desta cidade e percebeu que os moradores preferem ficar silentes diante do caso, que, segundo eles, não foi isolado. Para impedir que a sensação de impunidade e violência se estabeleça de vez em Pentecoste, o comandante do Policiamento do Interior (CPI), coronel Sérgio Costa, cumprindo orientação do comandante-geral da PM, coronel Werisleik Ponte Matias; e do próprio secretário da Segurança Pública do Estado, Francisco Bezerra, determinou uma imediata operação de reforço e caça aos matadores em Pentecoste e noutros Municípios da região, como Apuiarés e General Sampaio. O destacamento da PM local, sob comando do capitão PM Anísio Nascimento, recebeu o reforço de várias patrulhas do Batalhão Provisório de Itapipoca (9º BPM), sob a chefia do major Argeu Cavalcante.

Fechada

Os policiais militares fecharam as vias de acesso a esta cidade e realizaram buscas em todos os veículos que por ali passavam. Também foram feitas diligências em vários bairros, distritos, vilas e lugarejos da zona rural.

A Polícia afirma já ter pistas dos criminosos que mataram os dois homens na noite de quarta-feira. Ainda pela manhã, o delegado de Polícia Civil de Pentecoste, Breno Fontenele Machado, esteve reunido, no Fórum da cidade, como a juíza titular da Comarca, Marília Lima Leitão Fontoura; e com a promotora de Justiça, Isabel Cristina Mesquita Guerra.

As três autoridades falaram à Reportagem sobre a onda de violência que vem enfrentando o Município e as estratégicas que estão sendo montadas para combatê-la. O delegado Breno Machado, que está no cargo há um ano, explica que o principal problema enfrentado para elucidar os crimes é o silêncio das testemunhas e familiares dos envolvidos, além da disposição das famílias dos mortos de preferir fazer justiça com as próprias mãos, recusando colaborar com as autoridades para o esclarecimentos dos casos e a punição dos assassinos.

Ele conta que uma desavença entre a famílias Cunha e outras duas conhecidas como os ´Brasileiros´ e os ´Pregos´, tem gerado assassinatos e tentativas de homicídio. Vingança e ligação com o tráfico de drogas seriam os motivadores dos crimes. Neste ano cerca de dez pessoas foram assassinadas em Pentecoste. Para Machado, o duplo homicídio realmente tem ligação com o assassinato do pistoleiro Moacir Cunha, em Fortaleza.

Já a juíza Marília Fontoura, explica que está à frente da Comarca há três anos e vem dando celeridade aos julgamentos. Até o fim do ano, pelo menos 35 acusados de homicídios serão levados à Júri Popular.

FERNANDO RIBEIRO
EDITOR DE POLÍCIA

Fonte Diário do Nordeste

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