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domingo, 14 de agosto de 2011

Ambulantes terão de seguir novas regras da Prefeitura



A utilização de araras e manequins na calçada está proibida, já que a prática prejudica a passagem dos pedestres

Os mais de 50 vendedores devem redimensionar suas bancas para o tamanho de 80x60 centímetros

Roupas, calçados, travesseiros, relógios, frutas e plantas medicinais são apenas algumas das mercadorias que formam o cenário do entorno da Cidade da Criança, no Centro de Fortaleza. A situação é antiga, mas tem se agravado porque, cada vez mais, pedestres disputam espaço com camelôs nas calçadas.

Para amenizar o problema, a Secretaria Regional do Centro (Sercefor) realizou, na última terça-feira, reunião com os feirantes e determinou o reordenamento do lugar. Com a decisão da Prefeitura, os mais de 50 ambulantes devem redimensionar suas bancas para o tamanho de 80x60 centímetros.

A utilização de araras e manequins para expor as mercadorias está proibida. Nem mesmo guarda-sóis poderão ficar na calçada, fato que deixou os feirantes chateados. "As araras e os manequins ajudam a fazer a propaganda das nossas mercadorias. E agora? A gente vai ficar o dia todo no sol também?", questiona a vendedora ambulante Laudelina Gomes Novais, 50.

Já Francisca Teixeira de Mesquita, 57, está no local há 12 anos e informa que, quando chegou, existia apenas um senhor vendendo plantas medicinais. "Eu cheguei, dei bom dia, perguntei se eu podia vender meus produtos e ele não reclamou", relembra. Ela não nega que a grande quantidade de mercadorias atrapalha a passagem dos pedestres, mas diz que a Prefeitura não deveria reduzir o espaço das bancas. "Aqui é um ponto de sobrevivência", afirma.

O ambulante Washington Luis Oliveira, 43, deseja ser transferido para um local fixo, onde possa vender suas confecções sem ter que ficar recebendo reclamações de pedestres. "A gente quer trabalhar em paz para poder arcar com as nossas despesas", relata.

O número de ambulantes na calçada da Cidade da Criança aumentou em função da transferência dos vendedores das praças José de Alencar e Lagoinha para a Praça da Estação. Lá, muitos reclamam da falta de clientes e dizem que as vendas são fracas. Por isso, resolvem migrar para a Cidade da Criança, como foi o caso de Fátima Lima, 48, que decidiu sair da Praça da Estação, por estar, segundo ela, falindo, sendo necessário ter de realizar empréstimos para manter o negócio.

Estudos

Conforme Luiza Perdigão, titular da Sercefor, o procedimento adotado no entorno da Cidade da Criança, na Rua Solon Pinheiro, é o mesmo que está sendo realizado na Rua General Sampaio e que será feito nas ruas Senador Pompeu e Visconde do Rio Branco. O objetivo, informa a secretária, é melhorar o tráfego de pedestres nesses pontos até que os camelódromos sejam providenciados.

Um estudo para apontar quais locais de Fortaleza precisam ganhar os camelódromos está sendo realizado por uma empresa privada. "A pesquisa deve terminar em outubro deste ano", adianta Luiza Perdigão.

Quanto à reclamação dos feirantes no que diz respeito à redução do tamanho das bancas, a secretária comenta que todos têm que se acostumar com a decisão da Prefeitura. "As normas já estão valendo e eles têm que se adaptar. A partir de amanhã haverá fiscalização no local para ver se as normas estão sendo cumpridas. Se eles continuarem desobedecendo, as mercadorias serão apreendidas".

Em relação aos guarda-sóis, Luiza Perdigão diz que o caso ainda será analisado. Já as araras e os manequins não são permitidos, mesmo que haja resistência por parte dos ambulantes. "Assim também é demais, a gente já está permitindo que eles fiquem lá. Todos precisam entender que estão causando um dano à cidade e quem define as regras é a Prefeitura, não os ambulantes", pontua.

Os que estão migrando da Praça da Estação para a Cidade da Criança podem perder o espaço, caso não retornem ao lugar onde estão cadastrados junto à Prefeitura, informa a secretária, dizendo que um estudo socioeconômico também já foi feito com todos os cerca de quatro mil ambulantes do Centro de Fortaleza.

Em outubro de 2010, a Sercefor proibiu os vendedores de expor as mercadoria nas grades que cercam a Cidade da Criança. Atualmente, a norma está sendo cumprida pela maioria dos feirantes, mas ainda é possível encontrar algumas mercadorias penduradas nas grades.

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