SEGUNDO PASSOS, após as demissões, deve-se garantir que a administração do Dnit ocorra de forma regular
Pavotec, empresa do ex-deputado mineiro Djalma Diniz, está entre as dez que mais se beneficiaram com órgão
Brasília. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pagou R$ 286,9 milhões, entre 2004 e 2010, a uma empresa de Djalma Diniz (PPS), ex-deputado em Minas Gerais. No período, Diniz era detentor de mandato parlamentar. A contratação, pela administração pública, de empresas de deputados é vedada pela Constituição Federal e pela mineira. A empresa do ex-deputado mineiro está entre as dez que mais receberam do Dnit no País no ano passado.
Apenas em 2010, a Pavotec Pavimentação e Terraplanagem, da qual Diniz é sócio majoritário, recebeu do Dnit R$ 151,1 milhões para "manutenção" e "adequação" de trechos rodoviários em estradas federais de Goiás, Rio Grande do Norte, Piauí e Minas. Até então, o maior valor recebido pela empresa no período de um ano foram os R$ 36,3 milhões ganhos em 2009.
O ex-parlamentar foi deputado na Assembleia mineira por quatro mandatos. O primeiro teve início em 1995 e último terminou em janeiro de 2011. Ele chegou a pedir registro de candidatura para tentar um novo mandato, mas desistiu.
O Dnit informou, por meio de nota, que a contratação da Pavotec "ocorre por meio de processos licitatórios regulares, nos quais a empresa, isoladamente ou em consórcio, sagrou-se vencedora". Para a autarquia "o responsável legal pela empresa Pavotec é o sr. Djalma Florêncio Diniz Júnior". Diniz Júnior é filho do ex-deputado.
O Dnit ressalta que "não houve gastos, mas investimentos em programas de construção, restauração e melhoramentos de rodovias, desenvolvidos pelo governo federal".
A autarquia afirma que os ganhos da Pavotec subiram de R$ 36,3 milhões em 2009 para R$ 151,1 milhões em 2010 porque a empresa venceu "recentes processos licitatórios nos anos de 2009 e 2010, o que reflete o aumento dos recursos destinados à execução das obras".
A rápida "faxina" promovida no Ministério dos Transportes, que derrubou mais um funcionário na sexta-feira (29), obrigou a presidente Dilma Rousseff a tomar uma medida de emergência a fim de evitar a paralisia da máquina administrativa.
A saída encontrada foi dar poderes para o Conselho de Administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes nomear uma diretoria temporária do órgão. Com a crise instalada no setor há quase um mês, sobrou apenas um dos sete diretores do Dnit.
Decisão importante
A medida é necessária, na avaliação do Palácio do Planalto, porque os diretores efetivos indicados precisarão passar por sabatina no Senado, o que atrasará a posse deles no lugar dos dirigentes afastados.
"Após as demissões, temos necessidade de garantir condições para que a administração do órgão possa ocorrer de forma regular", explicou na sexta-feira o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. "O decreto dá condições ao Conselho de Administração do Dnit para designar, em condições específicas e em caráter transitório, até que sejam nomeados os novos diretores".
Pavotec, empresa do ex-deputado mineiro Djalma Diniz, está entre as dez que mais se beneficiaram com órgão
Brasília. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pagou R$ 286,9 milhões, entre 2004 e 2010, a uma empresa de Djalma Diniz (PPS), ex-deputado em Minas Gerais. No período, Diniz era detentor de mandato parlamentar. A contratação, pela administração pública, de empresas de deputados é vedada pela Constituição Federal e pela mineira. A empresa do ex-deputado mineiro está entre as dez que mais receberam do Dnit no País no ano passado.
Apenas em 2010, a Pavotec Pavimentação e Terraplanagem, da qual Diniz é sócio majoritário, recebeu do Dnit R$ 151,1 milhões para "manutenção" e "adequação" de trechos rodoviários em estradas federais de Goiás, Rio Grande do Norte, Piauí e Minas. Até então, o maior valor recebido pela empresa no período de um ano foram os R$ 36,3 milhões ganhos em 2009.
O ex-parlamentar foi deputado na Assembleia mineira por quatro mandatos. O primeiro teve início em 1995 e último terminou em janeiro de 2011. Ele chegou a pedir registro de candidatura para tentar um novo mandato, mas desistiu.
O Dnit informou, por meio de nota, que a contratação da Pavotec "ocorre por meio de processos licitatórios regulares, nos quais a empresa, isoladamente ou em consórcio, sagrou-se vencedora". Para a autarquia "o responsável legal pela empresa Pavotec é o sr. Djalma Florêncio Diniz Júnior". Diniz Júnior é filho do ex-deputado.
O Dnit ressalta que "não houve gastos, mas investimentos em programas de construção, restauração e melhoramentos de rodovias, desenvolvidos pelo governo federal".
A autarquia afirma que os ganhos da Pavotec subiram de R$ 36,3 milhões em 2009 para R$ 151,1 milhões em 2010 porque a empresa venceu "recentes processos licitatórios nos anos de 2009 e 2010, o que reflete o aumento dos recursos destinados à execução das obras".
A rápida "faxina" promovida no Ministério dos Transportes, que derrubou mais um funcionário na sexta-feira (29), obrigou a presidente Dilma Rousseff a tomar uma medida de emergência a fim de evitar a paralisia da máquina administrativa.
A saída encontrada foi dar poderes para o Conselho de Administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes nomear uma diretoria temporária do órgão. Com a crise instalada no setor há quase um mês, sobrou apenas um dos sete diretores do Dnit.
Decisão importante
A medida é necessária, na avaliação do Palácio do Planalto, porque os diretores efetivos indicados precisarão passar por sabatina no Senado, o que atrasará a posse deles no lugar dos dirigentes afastados.
"Após as demissões, temos necessidade de garantir condições para que a administração do órgão possa ocorrer de forma regular", explicou na sexta-feira o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. "O decreto dá condições ao Conselho de Administração do Dnit para designar, em condições específicas e em caráter transitório, até que sejam nomeados os novos diretores".
AGÊNCIA BRASIL
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