Insegurança no Campus do Pici
Por Elvira Sena
da redação
Alunos universitários reclamam da insegurança. Assaltos, furtos e até sequestros-relâmpagos estão assustando quem precisa seguir para o Campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Uma carta relatando os roubos e sequestros já foi enviada à Reitoria da Universidade, assinada por 100 estudantes.
Rafael Barreto, 20, aluno do 5º semestre de Engenharia Elétrica, foi alvo de um sequestro relãmpago dentro do Campus do Pici há pouco mais de um mês. Ele foi abordado pelos bandidos no momento em que saía da sala de aula. “Não cheguei a ser agredido fisicamente, mas o bandido, armado, obrigou-me a sair dirigindo pelo Campus, com ele no banco do passageiro, apontando um revólver para mim. Fiquei uns 40 minutos com o bandido dentro do carro”.
Depois de circular por boa parte do campus, o ladrão saltou do veículo, levando o computador do estudante, dinheiro, documentos e outros pertences. “Eu não reagi, por isso não foi agredido. O que mais me revoltou foi que isso aconteceu por volta das 16 horas”, contou Rafael.
No mesmo dia, os estudantes contaram que, dentro da UFC, acontecia outro fato que deixou muita gente revoltada. “Um escrivão de Polícia entrou armado, no estacionamento no setor de Engenharia Civil”, contou Rafael Jucá Sancho Nogueira, também do curso de Engenharia Elétrica. “Eu saía da aula, quando deparei-me com a confusão no estacionamento, por causa do alvoroço com o escrivão de Polícia. E isso não é novidade por aqui”.
áreas perigosas
Além dos estacionamentos, as outras áreas consideradas perigosas, quando o assunto é o risco de assaltos e furtos são os terrenos no entorno dos prédios, dentro do Campus do Pici. Nas áreas onde existem muitas árvores, os alunos temem as abordagens dos bandidos. “Todo mundo fala do risco de passar pelas áreas das mangueiras”, revela Rafael. “Dizem que a Polícia está no Campus, aonde, que ainda não vimos? E a quem podemos perguntar? “
De acordo com Rafael, os assaltos e furtos são constantes nos estacionamentos. “Vários colegas nossos já tiveram os carros arrombados e passou a haver agora casos mais preocupantes, que são os sequestros-relâmpagos. O que nos revolta é que já informamos isso para a Reitoria”, afirmou ele. “Tem caso de professor que já teve o computador roubado
O aluno afirmou que já foi enviada a Reitoria uma carta relatando os roubos e arrombamentos dentro do Campus do Pici. “Ainda não tivemos resposta da Reitoria. Esperamos que a Reitoria tome uma iniciativa ou nos diga a quem procurar”. Rafael informou ainda que levará a carta que será entregue à Reitoria para o Ministério Público Estadual. “Entregaremos o documento lá, com as 100 assinaturas e aguardaremos retorno”.
O que diz a Reitoria
Segundo a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC), desde o dia 14 de abril, as denúncias e reclamações quanto a questões relacionadas a segurança podem ser feitas através do telefone 3366-9190, cujo atendimento é 24 horas.
O Campus do Pici abre as portas para os universitários todos os dias às cinco da manhã. O caso ocorrido com o aluno de Engenharia Elétrica foi pontual, explicou o Diretor da Divisão de Segurança da UFC, Gumercindo Pinho. “Depois disso, reforçamos a segurança nas áreas de estacionamentos, que são as consideradas mais críticas e que demandam mais atenção”.
Ele informou que a segurança da Universidade fica reforçada entre 11 e 14 horas – horário considerado o mais crítico. “Colocamos pessoal em pontos, como em frente ao Restaurante Universitário, por exemplo, onde circulam quase três mil alunos todos os dias. E desde o dia oito de abril, não foi mais registrada nenhuma ocorrência”.
Na UFC trabalham, atualmente, cerca de 460 homens em todos os pontos de segurança. Somente no Pici, em Fortaleza, ficam concentrados cerca de 70 profissionais neste setor. A UFC disponibilizou também um telefone para contato com os alunos em situações de emergência. O número é 3366-9190
Carro roubado
O publicitário Gabriel Aguiar de Andrade, 25 anos de idade, foi mais uma vítima da insegurança que ronda a Universidade Federal do Ceará. Ontem, o estudante de mestrado estacionou o veículo nas proximidades do Centro de Humanidades no Benfica, onde são lecionados boa parte dos cursos voltados à área de humanas, por volta das 10 da manhã; 40 minutos depois, quando regressou, o carro não estava mais no local onde havia sido estacionado.
“O mais incrível é que o carro estava num local de bastante movimento de estudantes, mas ninguém viu nada, em plena luz do dia”, disse o estudante à reportagem do O Estado. Gabriel contatou os policiais do Ronda do Quarteirão, mas, até o fechamento desta edição, o veículo – que não possuía seguro – permanecia desaparecido. “Todos os dias surgem novos fatos ligados à insegurança na UFC”, diz o estudante. “Desta vez, foi só o prejuízo material mesmo”.
Por Elvira Sena
da redação
Alunos universitários reclamam da insegurança. Assaltos, furtos e até sequestros-relâmpagos estão assustando quem precisa seguir para o Campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Uma carta relatando os roubos e sequestros já foi enviada à Reitoria da Universidade, assinada por 100 estudantes.
Rafael Barreto, 20, aluno do 5º semestre de Engenharia Elétrica, foi alvo de um sequestro relãmpago dentro do Campus do Pici há pouco mais de um mês. Ele foi abordado pelos bandidos no momento em que saía da sala de aula. “Não cheguei a ser agredido fisicamente, mas o bandido, armado, obrigou-me a sair dirigindo pelo Campus, com ele no banco do passageiro, apontando um revólver para mim. Fiquei uns 40 minutos com o bandido dentro do carro”.
Depois de circular por boa parte do campus, o ladrão saltou do veículo, levando o computador do estudante, dinheiro, documentos e outros pertences. “Eu não reagi, por isso não foi agredido. O que mais me revoltou foi que isso aconteceu por volta das 16 horas”, contou Rafael.
No mesmo dia, os estudantes contaram que, dentro da UFC, acontecia outro fato que deixou muita gente revoltada. “Um escrivão de Polícia entrou armado, no estacionamento no setor de Engenharia Civil”, contou Rafael Jucá Sancho Nogueira, também do curso de Engenharia Elétrica. “Eu saía da aula, quando deparei-me com a confusão no estacionamento, por causa do alvoroço com o escrivão de Polícia. E isso não é novidade por aqui”.
áreas perigosas
Além dos estacionamentos, as outras áreas consideradas perigosas, quando o assunto é o risco de assaltos e furtos são os terrenos no entorno dos prédios, dentro do Campus do Pici. Nas áreas onde existem muitas árvores, os alunos temem as abordagens dos bandidos. “Todo mundo fala do risco de passar pelas áreas das mangueiras”, revela Rafael. “Dizem que a Polícia está no Campus, aonde, que ainda não vimos? E a quem podemos perguntar? “
De acordo com Rafael, os assaltos e furtos são constantes nos estacionamentos. “Vários colegas nossos já tiveram os carros arrombados e passou a haver agora casos mais preocupantes, que são os sequestros-relâmpagos. O que nos revolta é que já informamos isso para a Reitoria”, afirmou ele. “Tem caso de professor que já teve o computador roubado
O aluno afirmou que já foi enviada a Reitoria uma carta relatando os roubos e arrombamentos dentro do Campus do Pici. “Ainda não tivemos resposta da Reitoria. Esperamos que a Reitoria tome uma iniciativa ou nos diga a quem procurar”. Rafael informou ainda que levará a carta que será entregue à Reitoria para o Ministério Público Estadual. “Entregaremos o documento lá, com as 100 assinaturas e aguardaremos retorno”.
O que diz a Reitoria
Segundo a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC), desde o dia 14 de abril, as denúncias e reclamações quanto a questões relacionadas a segurança podem ser feitas através do telefone 3366-9190, cujo atendimento é 24 horas.
O Campus do Pici abre as portas para os universitários todos os dias às cinco da manhã. O caso ocorrido com o aluno de Engenharia Elétrica foi pontual, explicou o Diretor da Divisão de Segurança da UFC, Gumercindo Pinho. “Depois disso, reforçamos a segurança nas áreas de estacionamentos, que são as consideradas mais críticas e que demandam mais atenção”.
Ele informou que a segurança da Universidade fica reforçada entre 11 e 14 horas – horário considerado o mais crítico. “Colocamos pessoal em pontos, como em frente ao Restaurante Universitário, por exemplo, onde circulam quase três mil alunos todos os dias. E desde o dia oito de abril, não foi mais registrada nenhuma ocorrência”.
Na UFC trabalham, atualmente, cerca de 460 homens em todos os pontos de segurança. Somente no Pici, em Fortaleza, ficam concentrados cerca de 70 profissionais neste setor. A UFC disponibilizou também um telefone para contato com os alunos em situações de emergência. O número é 3366-9190
Carro roubado
O publicitário Gabriel Aguiar de Andrade, 25 anos de idade, foi mais uma vítima da insegurança que ronda a Universidade Federal do Ceará. Ontem, o estudante de mestrado estacionou o veículo nas proximidades do Centro de Humanidades no Benfica, onde são lecionados boa parte dos cursos voltados à área de humanas, por volta das 10 da manhã; 40 minutos depois, quando regressou, o carro não estava mais no local onde havia sido estacionado.
“O mais incrível é que o carro estava num local de bastante movimento de estudantes, mas ninguém viu nada, em plena luz do dia”, disse o estudante à reportagem do O Estado. Gabriel contatou os policiais do Ronda do Quarteirão, mas, até o fechamento desta edição, o veículo – que não possuía seguro – permanecia desaparecido. “Todos os dias surgem novos fatos ligados à insegurança na UFC”, diz o estudante. “Desta vez, foi só o prejuízo material mesmo”.
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