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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Pentecoste de minhas lembranças



Nonato Furtado


Pois é, estava aqui nos meus afazeres e me lembrei do Pentecoste de minhas lembranças. Ele tinha parque que vinha uma vez por ano, na época das novenas, e o brinquedo mais cobiçado era o autopista. Junto com esse parque, vinham os sorvetes que eram feitos (e ainda são) numa máquina engraçada. Sempre havia um locutor de voz bem grave que ficava lendo recados de amor e oferecendo músicas do Leandro e Leonardo.



Ah! Cada ano tinha aquela música que era a “cara dos parques”, o sucesso do momento. Os parques também tinham um mini estúdio fotográfico com luzes, cavalinho e boneca. Confesso que tenho algumas fotografias (em binóculo) tiradas ali: sentado no cavalinho segurando a mão da boneca. Meu Deus! Vale dizer que indo pra igreja tinha que comer a pipoca do Seu Barbosa. Ah, e quem não se lembra da piscina da matriz cheia de peixes?

O Pentecoste de minhas lembranças, de quando em quando, tinha circo e ele ficava no Peladão, um campo de poeira que hoje já não existe. O fórum e a praça ocuparam a área do campo. Nesse campo, tinha uns bancos de carnaúba que funcionavam como arquibancada. Esses circos tinham algodão doce, pipoca, mágicos, anões e um palhaço que foi embora e esqueceu o sapato. E também um leão, e eu ouvi dizer que ele comeu a mão de um homem.

No Pentecoste de minhas lembranças, a gente acordava ouvindo a irradiadora do Luís Paiva, ela servia como despertador. “Bom dia amigos! Começa nesse instante o serviço de auto-falante ‘A voz de Pentecoste’. Bom dia Benedito Farias, bom dia Evodio, bom dia Fernando”. Assim começava às cinco da manhã o seu programa radiofônico. O vento se encarregava de aumentar e diminuir o volume do som em alguns momentos.

No Pentecoste de minhas lembranças, tinha um coreto e ele ficava na Praça do CSU. Essa praça era local de encontro de maioria da molecada. O desafio era subira rampa do coreto correndo. Confesso que nunca consegui. Mas, o bom mesmo era a época da Copa do Mundo que a gente ia ao Zé do Neto comprar o álbum para completar os times. Tinha até figurinha premiada!

No Pentecoste de minhas lembranças, assim que começava o “inverno”, a gente ia pra feira comprar os piões pra soltar na rua. As bilas também não podiam faltar. Também tinha a brincadeira de seta e ganhava quem conseguisse arrancar o olho do peixe. Também eram massa as brincadeiras de “bandido e puliça”. No

Pentecoste de minhas lembranças, apareceu uma locadora, a do Zé Sena. Lá tinha o Super Nitendo. Gostava do Super Mário Bros, Top Gear, Street Fighter e do Mortal Combat. Admito, eu já quis ser o Scorpion. Pra mim, o velho e o novo sempre coexistiram.

No Pentecoste de minhas lembranças, dizem que aparecia no Colégio Tabelião a “Loira do banheiro”. Tinha menina que jurava de pés juntos que tinha visto a dita cuja. Nessa época, também apareceu um boato da “Perna cabeluda”. Isso eu tenho certeza que era verdade porque eu ouvi em um programa muito sério, o do João Inácio Júnior e “os carregos” do rádio da minha avó estavam novinhos. “Ela foi vista na estrada de Croata, indo pra Pentecoste”, disse o locutor no programa “Chumbo grosso”. Pronto, o alvoroço estava feito!

No Pentecoste de minhas lembranças, tinha o Rio do Jiqui, também conhecido como Trincha. Nesse rio tinha uma barreira, lá a água era corrente, transparente e excelente para se brincar do “João-ajuda”. Pronto, é melhor eu parar de escrever e voltar a fazer outras coisas porque falar dessas lembranças é gostoso, mas junto com isso vem uma saudade doída de uma época inesquecível.

Fonte: http://nonatofurtado.blogspot.com/

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