É assim que, já falei em artigos anteriores, que não se faz política sem danos colaterais ou efeitos secundários não muito desejáveis, mas necessários.
Esse é um fato que as pessoas de mente mais voltadas a particularidades não compreendem – a generalidade no exercício de se governar tentando obter benefícios para o maior número possível - e isso envolve um emaranhado de "laços de poder" de ordem tão complexa, que torna o êxito por menor que seja, um retumbante heroísmo!
A natureza humana está ai, e é tolice tentar interpretá-la com base em alguma visão de absoluta pureza, seja no campo da religião ou da política.
Leia a Bíblia, e vai encontrar mais motivos para a política que para a religião! Caso deseje uma aula – antes de Maquiavel bem ao gosto dele – leia os livros de Samuel, Reis e Crônicas.
Aliás, se julgar por bem fundamentar-se naqueles padrões históricos, e tomar por base a política de Saul, Davi, Salomão e os demais reis de Israel e Judá que o sucederam (prá não falar dos gentios), nossos políticos atuais são uns “santos”!
Lula está terminando seu governo: e ao meu modo de ver, foi habilidoso, sábio, teve de conviver com coisas que certamente não concordava, enfrentou crises gravíssimas, mas prudentemente soube isolar e isolar-se, negociar com o mínimo de prejuízo possível para que não houvesse uma crise institucional, a fim de não comprometer o projeto ao qual se propôs e acredito que cumpriu em escala maior que qualquer outro presidente na história do Brasil: beneficiar os menos favorecidos, dar um pouco de lenitivo aos que mais sofrem neste país.
Senhoras e senhores, nós conhecemos todas as restrições, mas este mundo não é a “Utopia” ou “Atlântida”, antes é um lugar hostil, onde escolhas não são fáceis, e vivemos a sacrificar coisas que eu não diria ser – insignificantes – mas contingenciais, que à vista de outras essenciais, tem-se de forçosamente abrir mão, caso esteja em jogo o bem-estar da maioria.
Isso tem nome: Pragmatismo!
Isso tem nome: Pragmatismo!
E concordemos ou não, gostemos ou não, a Política Mundial depende disso.
Este é o mundo de “Sofia Zawistowski” (“a escolha de Sofia”) onde a realidade nazista da existência, está a nos obrigar todos os dias a fazer escolhas, que aos olhos idealistas que alimentam a visão de uma realidade ingênua e quimérica pode parecer (e ninguém nega que seja) contrária aos ideais das perfeições nobres e desejáveis com as quais sonhamos.
Este é o mundo de “Sofia Zawistowski” (“a escolha de Sofia”) onde a realidade nazista da existência, está a nos obrigar todos os dias a fazer escolhas, que aos olhos idealistas que alimentam a visão de uma realidade ingênua e quimérica pode parecer (e ninguém nega que seja) contrária aos ideais das perfeições nobres e desejáveis com as quais sonhamos.
E Lula percebeu isso, tendo que equilibrar-se o tempo todo na corda bamba que pendia entre sua história de luta como Sindicalista (defendendo uma classe), e Presidente da República gerenciando os interesses maiores de um País.
Uma coisa é certa: é muito fácil para nós que vivemos uma vida com alguma estabilidade, os que possuem um carro, um imóvel, emprego e formação capaz de granjear uma subsistência aprazível, julgar o Governo Lula negativamente.
Uma coisa é certa: é muito fácil para nós que vivemos uma vida com alguma estabilidade, os que possuem um carro, um imóvel, emprego e formação capaz de granjear uma subsistência aprazível, julgar o Governo Lula negativamente.
Com certeza esse julgamento a sociedade ja o fez, e cabe à história imortalizar a imagem de Lula no templo da glória, ou um dia expulsá-lo de lá...
É bom não esquecer que a grande doutrina axiológica de Jesus, que o pôs em confronto mortal com os poderes políticos e religiosos de seu tempo, foi justamente aquela advinda de sua insistência em colocar o valor transcendente do ser humano acima do valor das instituições, regras e credos.
Todo grande humanista pensará assim!
Entendo meu querido Lula.
Todo grande humanista pensará assim!
Entendo meu querido Lula.
Ah, como já vi e vivi a experiência de ver em mim e noutros, a boa vontade ser encabrestada pelas circunstâncias que soberanas determinam os limites e o tempo, as certezas dos ideais tão altos se diluirem e restar somente a certeza da dignidade de se ter feito o melhor possível!
Essa é a realidade da vida dos homens e mulheres neste mundo.
Essa é a realidade da vida dos homens e mulheres neste mundo.
O resto é sentimento irreal de onipotência – que evidentemente não possuímos – e que a dura realidade da vida se encarrega de lançar como poeira sobre o assoalho de nossa existência.
Quem não entende isso, definitivamente nada compreende de si mesmo, do mundo e da natureza humana.
Darckson Lira.
Quem não entende isso, definitivamente nada compreende de si mesmo, do mundo e da natureza humana.
Darckson Lira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário