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domingo, 25 de julho de 2010

Uma reflexão sobre o terrível assassinato do garoto e a volência

Numa tarde de domingo.
" Uma tragédia em vários sentidos. A primeira é do ponto de vista humano. Um cidadão de apenas 14 anos foi assassinado por um servidor público a serviço do Estado e pago pelo contribuinte para protegê-lo. As primeiras informações (que ainda precisam ser confirmadas) indicam que o adolescente acompanhava o pai que acabara de prestar um serviço profissional. Na volta pra casa, no meio do caminho, havia uma equipe do Ronda. Numa decisão indubitavelmente desastrada, um policial sacou a arma e atirou. Certeiro. Um corpo mirrado. Uma poça de sangue no asfalto. Um pai desesperado abraçado ao filho.
A outra tragédia é institucional. Milhões de reais do contribuinte foram investidos na contratação de novos policiais e modernos equipamentos para formar o que seria uma “nova” polícia. Era o Ronda do Quarteirão. Dava-se contornos concretos ao projeto de um polícia cidadã, integrada à sociedade, com policiais ensinados a dar “bom dia”.
Sim, ensinaram a dar “bom dia”. No começo, o programa virou campeão de popularidade. Quando o carrão do Ronda passava, o cidadão aplaudia. Havia algo de novo no ar. Sensação de segurança? Talvez. Talvez.
Mas, sabe-se que a pressa é inimiga da perfeição. E houve muita pressa em colocar novos policiais nas ruas. Fez-se o concurso. Os aprovados passaram por um treinamento básico. Não o suficiente para gerar uma polícia civilizada. Havia o temor que os vícios da velha policia contaminassem a nova. Afinal, o comando era o mesmo.
Aos poucos, o Ronda foi perdendo simpatia. Em pouco tempo, surgiram as primeiras críticas. Aos poucos, a gordura de popularidade foi se queimando. Hoje, o tiro trágico disparado por um homem da “nova” polícia coloca o Ronda no centro dos questionamentos. Isso, em plena campanha eleitoral. Se a oposição precisava de um defunto, já o tem."

Fonte: Texto do jornalista Fábio Campos extraído do Blog dele no Portal O Povo Online

Um comentário:

  1. Esse episódio não pode ser considerado "um caso isolado" clichê que as autoridades utilizam para amenizar os sintomas da péssima qualidade dos serviços públicos. O Programa Ronda do Quarteirão pode até mesmo ter, num primeiro momento, gerado uma sensação de segurança à sociedade. Todavia, não é de "sensação" que carecemos e sim de ações efetivas de segurança pública. Policiamento preventivo, proximo do cidadão e de sua família. A promessa de campanha do então candidato Cid Gomes era de que uma viatura acionada estaria no local da ocorrencia em cinco minutos. Que o diga as famílias enlutadas por membros do Ronda. Quase diariamente se tem noticia de algum entrevero envolvendo a frota de carros de luxo que o Programa utiliza, por falta de capacitação e treinamento adequados. Isso seria mínimo se não se somasse à subtração de vidas humanas, jovens, indefesos e inocentes.
    Até quando? A oposição, se quiser, pode utilizar esses rosários de fatos para ilustrar a realidade em que nos encontramos. Com cadáveres e tudo o mais.

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