SÃO BERNARDO DO CAMPO - Após cerca de 10 horas, terminou a audiência do caso Geisy Arruda, no Fórum de São Berbardo do Campo, nesta quinta-feira. O resultado ainda deve levar cerca de 90 dias. Agora, os depoimentos serão transcritos pela estenotipista no prazo de 15 dias. Após isso, as duas partes poderão fazer alegações e só depois o processo chega às mãos do juiz, que define a setença que será publicada no Diário Oficial.
Em outubro de 2009, a então aluna do curso de Turismo na Uniban foi hostilizada por colegas ao usar um vestido curto durante o período de aulas. As cenas foram gravadas por telefones celulares e disponibilizadas em sites na internet. Ela pede à universidade R$ 1 milhão de indenização por danos morais.
Geisy chegou ao Fórum acompanhada do advogado Nehemias Melo pouco antes das 10h. "Estou super confiante", disse. Ela afirmou que, após o episódio, ficou conhecida como a "meretriz da Uniban" e que iria lutar por justiça para que isso não acontecesse com outras pessoas.
O advogado da Uniban Vicente Cascioni chegou ao Fórum com a certeza de que Geisy não conseguira a indenização. Ele afirmou que o problema não é o valor da indenização, mas a ação, em si, que não teria cabimento. "A Geisy que deveria pagara indenização", afirmou durante o intervalo.
O advogado disse que universidade não entrará com ação, contra a ex-estudante, mas em questão moral, a faculdade é que sofreu o prejuízo.
Na sessão de hoje, foram ouvidas nove testemunhas, duas da acusação (Geisy), e sete da defesa (Uniban). Estavam previstos 12 depoimentos, mas o advogado de defesa da Uniban, Vicente Cascione, dispensou dois estudantes durante a tarde e mais uma testemunha a poucos minutos do termino da audiência.
De acordo com as testemunhas, os insultos contra a ex-aluna por causa de um vestido rosa, teriam começado quando ela deixava a universidade escoltada por uma policial militar feminina, segundo informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Depoimentos
Em depoimento à Justiça, Paola Fernandes, amiga de Geisy, e o professor de Rubens Fernando Romero Suarez afirmaram que a ex-estudante foi abordada por uma aluna do curso de biologia, que chamou Geisy para conhecer alguns amigos. Ela foi até a outra sala, falou rapidamente com os garotos e foi encontrar Paola no banheiro da universidade, quando teria começado o tumulto.
O professor disse que além de chamar Geisy para voltar à sala por três vezes, foi buscá-la no banheiro, e que por volta das 21h, o tumulto começou. Os alunos teriam chutado a porta pedindo que a loira fosse liberada.
Fonte: JBrasil
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