O relatório das visitas será encaminhado à Secretaria de Educação do Estado para a adoção das providências devidas
As visitas que a Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa vem realizando nas escolas públicas estaduais, para fazer um levantamento sobre a situação do ensino público, detectou vários problemas, dos quais a maioria, está atrelado à infraestrutura oferecida aos alunos.
A informação é da coordenadora do Centro de Defesa à Educação Darcy Ribeiro, Paula Virgínia de Araújo Carvalho, que faz parte da Comissão de Educação e quem está á frente desse levantamento. Ela pondera que em geral, a falta de ventilação, de refeitórios, quadras esportivas e deficiência na parte elétrica, são os problemas mais comuns encontrados nas visitas.
Até agora 12 escolas estaduais foram visitadas na Capital cearense. A ideia da Comissão é percorrer escolas estaduais que se localizam também na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). No início, revela, a meta era visitar 150 escolas de ensino profissional e fundamental até junho, mas acredita que somente 70 escolas deverão receber a visita da Comissão.
Questionário
Ela explica que de imediato seriam quatro visitas por dia, duas no turno da manhã e duas à tarde. Mas devido o questionário ser bastante extenso, cerca de 70 perguntas, as visitas chegam a durar quase três horas. Por isso, a Comissão se esforça para poder inspecionar duas escolas por dia.
Segundo Paula Virgínia, a Comissão vai para essas inspeções munida de um questionário que trata de questões que vão desde a metodologia pedagógica aplicada, até a capacitação dos profissionais, incluindo professores e as condições da estrutura física dos prédios.
Além do questionário, a Comissão fotografa todos os detalhes para o registro documental. Paula Virgínia pondera que para coletar as respostas do questionário são reunidos representantes dos pais, professores e alunos. "As perguntas são feitas e esses segmentos entram em consenso para dar uma resposta", explica.
Paula destaca que as perguntas também tratam do projeto político pedagógico, metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, nota da escola no Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece-Alfa), quantidade de alunos que passaram no vestibular, existência de laboratório, biblioteca, qualidade da alimentação, dentre outras.
A coordenadora deixa claro que em relação ao setor pedagógica nenhum problema foi detectado. Como ex-professora e ex-coordenadora de escola pública, Paula Virgínia pondera que a parte de pedagogia e do currículo escolar melhorou bastante nos últimos 10 anos, um dado a ser comemorado.
Contudo ela alega que o número de professores temporários ainda é bastante elevado. Paula Virgínia esclarece que em todas as escolas visitadas há professor temporário em todas as disciplinas, o que para ela, não poderia ocorrer.
Segundo afirma, até julho deste ano, a Comissão pretende entregar o relatório completo das visitas, que também se estenderá às escolas indígenas.
Em relação à falta de ventilação nas salas de aula, quadras esportivas danificadas ou mesmo ausências destas, falta de refeitório e deficiência na parte elétrica, o presidente da Comissão de Educação, deputado Artur Bruno (PT), assegura que os problemas encontrados estão sendo notificados, através de ofício à Secretaria da Educação.
Além dos problemas citados, o parlamentar ainda adiciona o pequeno acervo nas bibliotecas e a falta de segurança nas imediações das escolas. O resultado das visitas não será amplamente discutido pelos parlamentares já que essa legislatura termina no dia 31 de janeiro de 2010. Como o projeto ficará pronto apenas em junho, mês em que a Assembleia entra em recesso e depois a campanha eleitoral.
Bruno concorda que o levantamento que a Comissão está fazendo iniciou tarde, porém destaca que ele servirá de parâmetro para os projetos do Governo. "Teremos um quadro real das necessidades das escolas e dos alunos. Faremos audiências públicas com dados reais. E teremos tempo de apresentar esses dados aos candidatos á Governo", pontuou.
Fonte: Diário do Nordeste
As visitas que a Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa vem realizando nas escolas públicas estaduais, para fazer um levantamento sobre a situação do ensino público, detectou vários problemas, dos quais a maioria, está atrelado à infraestrutura oferecida aos alunos.
A informação é da coordenadora do Centro de Defesa à Educação Darcy Ribeiro, Paula Virgínia de Araújo Carvalho, que faz parte da Comissão de Educação e quem está á frente desse levantamento. Ela pondera que em geral, a falta de ventilação, de refeitórios, quadras esportivas e deficiência na parte elétrica, são os problemas mais comuns encontrados nas visitas.
Até agora 12 escolas estaduais foram visitadas na Capital cearense. A ideia da Comissão é percorrer escolas estaduais que se localizam também na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). No início, revela, a meta era visitar 150 escolas de ensino profissional e fundamental até junho, mas acredita que somente 70 escolas deverão receber a visita da Comissão.
Questionário
Ela explica que de imediato seriam quatro visitas por dia, duas no turno da manhã e duas à tarde. Mas devido o questionário ser bastante extenso, cerca de 70 perguntas, as visitas chegam a durar quase três horas. Por isso, a Comissão se esforça para poder inspecionar duas escolas por dia.
Segundo Paula Virgínia, a Comissão vai para essas inspeções munida de um questionário que trata de questões que vão desde a metodologia pedagógica aplicada, até a capacitação dos profissionais, incluindo professores e as condições da estrutura física dos prédios.
Além do questionário, a Comissão fotografa todos os detalhes para o registro documental. Paula Virgínia pondera que para coletar as respostas do questionário são reunidos representantes dos pais, professores e alunos. "As perguntas são feitas e esses segmentos entram em consenso para dar uma resposta", explica.
Paula destaca que as perguntas também tratam do projeto político pedagógico, metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, nota da escola no Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece-Alfa), quantidade de alunos que passaram no vestibular, existência de laboratório, biblioteca, qualidade da alimentação, dentre outras.
A coordenadora deixa claro que em relação ao setor pedagógica nenhum problema foi detectado. Como ex-professora e ex-coordenadora de escola pública, Paula Virgínia pondera que a parte de pedagogia e do currículo escolar melhorou bastante nos últimos 10 anos, um dado a ser comemorado.
Contudo ela alega que o número de professores temporários ainda é bastante elevado. Paula Virgínia esclarece que em todas as escolas visitadas há professor temporário em todas as disciplinas, o que para ela, não poderia ocorrer.
Segundo afirma, até julho deste ano, a Comissão pretende entregar o relatório completo das visitas, que também se estenderá às escolas indígenas.
Em relação à falta de ventilação nas salas de aula, quadras esportivas danificadas ou mesmo ausências destas, falta de refeitório e deficiência na parte elétrica, o presidente da Comissão de Educação, deputado Artur Bruno (PT), assegura que os problemas encontrados estão sendo notificados, através de ofício à Secretaria da Educação.
Além dos problemas citados, o parlamentar ainda adiciona o pequeno acervo nas bibliotecas e a falta de segurança nas imediações das escolas. O resultado das visitas não será amplamente discutido pelos parlamentares já que essa legislatura termina no dia 31 de janeiro de 2010. Como o projeto ficará pronto apenas em junho, mês em que a Assembleia entra em recesso e depois a campanha eleitoral.
Bruno concorda que o levantamento que a Comissão está fazendo iniciou tarde, porém destaca que ele servirá de parâmetro para os projetos do Governo. "Teremos um quadro real das necessidades das escolas e dos alunos. Faremos audiências públicas com dados reais. E teremos tempo de apresentar esses dados aos candidatos á Governo", pontuou.
Fonte: Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário