Uma ação conjunta de policiais e promotores de Justiça resultou ontem na prisão de um homem acusado de pistolagem. Segundo investigação, pistoleiros do Vale do Jaguaribe estariam sendo contratados para executar um vereador de Fortaleza
A voz é mansa e o olhar é fixo. A pouca idade e o corpo franzino contradizem acusações de homicídios por pistolagem, assaltos, porte ilegal de arma e falsidade ideológica. A aparente calma somente é abalada quando vem a informação de que alguém ``ousou`` testemunhar contra a sua pessoa. ``Quem disse que eu matei? Cadê essa pessoa para falar na minha frente?``
Por mais de duas horas, O POVO acompanhou o depoimento de José Iran Moura Gomes, 20, ontem à tarde, no 34º Distrito Policial (Centro), que foi preso pela manhã na avenida Castelo Branco (Leste-Oeste), em uma ação conjunta da Polícia Civil, Polícia Militar, Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado (Gecoc), Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Coin) e Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da Promotoria de Jaguaretama, no Vale do Jaguaribe, município a 201 km de Fortaleza.
Tamanha operação é justificada pelas investigações, mantidas sob sigilo, sobre a encomenda de um crime de pistolagem contra um vereador de Fortaleza. ``Não posso falar muita coisa, mesmo porque está tudo em sigilo e as investigações ainda não foram concluídas``, comentou o delegado da Regional do Jaguaribe, Edmar Granja. ``Só posso adiantar que é um vereador desde a gestão passada. Sim, teria sido reeleito``, completou.
Um dos últimos
Apontado pela Polícia como um dos últimos pistoleiros do grupo ``Filhos de Antônio Isaías``, que há anos aterroriza a região do vale do Jaguaribe, José Iran negou em depoimento que estivesse em Fortaleza para cometer algum crime de pistolagem. ``Eu estava me escondendo dos meus inimigos (pistoleiros do grupo rival ``Filhos do Sinhorzinho Diógenes``), pois não dá para manter o mesmo endereço por mais de dois meses``, declarou José Iran, que é sobrinho de Antônio Isaías, morto em 2006 pelo grupo inimigo, segundo a Polícia.
Segundo o acusado, ele foi preso no momento em que se dirigia à residência de um amigo, que ficou de consertar o carregador de bateria do seu aparelho celular. Ele foi flagrado com uma identidade falsa. ``Ninguém podia saber quem eu realmente era. Tenho que me proteger, não iria fazer nenhuma besteira com o nome falso``, alegou José Iran, que não informou como conseguiu a identificação falsa.
E-MAIS
>Diante da insistência da delegada Vera Granja, titular da unidade de Jaguaribe, em conseguir a confissão do acusado de sua contratação para executar o vereador de Fortaleza, José Iran disse que sequer conhecia algum político da Capital. ``Mas você faz isso por dinheiro, não é uma questão pessoal``, rebateu a delegada, que atuou em conjunto com o marido e delegado da Regional de Jaguaribe, Edmar Granja.
>Há cerca de 10 dias, Edmar Granja interrogou o pistoleiro Antônio Charles Barreto, o Charlim, do grupo dos ``Filhos do Sinhorzinho Diógenes``, após sua prisão em Fortaleza. ``Apesar de inimigos, eles moravam no mesmo bairro, o Planalto Pici. Coincidência, não?``, questionou o delegado.
Fonte: http://opovo.uol.com.br/opovo/fortaleza/983502.html
O jeito que tem é botar os dois cowboys "prum" duelo e o que escapar vivo, condená-lo à forca por homicidio e acabar, assim, feliz, mais um filme de faroeste. Que tristeza, filme de bang bang em 3D, ao vivo!!!!
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