A Comissão da Infância e Adolescência, presidida pela deputada Lívia Arruda (PMDB), debateu, nesta terça-feira (18/05), a proibição do uso de pulseiras coloridas alusivas a jogos de conotação sexual na rede de ensino público do Ceará.
A deputada Lívia Arruda destacou a importância do debate, no sentido de esclarecer os jovens sobre a proibição. Para ela, pais, responsáveis, diretores e professores das unidades estaduais de ensino devem promover reuniões e também orientar os adolescentes sobre a questão. “No Brasil, a brincadeira virou coisa séria e, pelo menos, três cidades já proibiram o uso e comercialização dos adereços”, disse, ao citar Londrina, no Paraná, Navegantes e Itajaí, ambas em Santa Catarina.
“O debate em torno da proibição do uso das pulseiras é por precaução”, observou o deputado Sineval Roque (PSB), autor do projeto de Lei (92/10) que trata do tema e autor do requerimento da audiência pública, realizada no Complexo das Comissões. Na avaliação do parlamentar, o debate estimula a divulgação e provoca novas discussões entre os envolvidos, o que é muito importante. Sineval lembrou ainda que, no âmbito Municipal, o vereador Marcelo Mendes (PTC) apresentou projeto nos mesmos moldes na Câmara de Fortaleza.
Para o médico psiquiatra Antonio Mourão Cavalcante, a preocupação deve estar voltada para o que a pulseira significa. “Temos na adolescência o problema da transgressão. A pulseira é uma forma de ‘ir além de’. Uma lei não vai mudar isso”, assinalou. O especialista sugeriu a promoção do debate entre os jovens. “Isso seria extremamente pedagógico. Pelo que se conhece de psicologia, os adolescentes são extremamente rígidos, no momento de colocar normas para eles próprios”, acrescentou.
Participaram, ainda, da audiência o pedagogo Ricardo Lins, da Creche Caminho do Sol, a coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Presidente Humberto Castelo Branco, professora Francinete de Oliveira Nascimento, e alunos da escola.
AM/ JU
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social
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