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quinta-feira, 22 de abril de 2010

CHAMADO A FORTALEZA, SANTANA DÁ EXPLICAÇÕES AO MINISTÉRIO

Com blusa e paletó pretos e sem gravata, o prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana (PT), deixou a sede da Procuradoria de Justiça dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), em Fortaleza, por volta das 12 horas e 20 minutos, na última sexta-feira, após prestar esclarecimentos sobre denúncias de irregularidades em sua administração. Do depoimento, nada vazou, mas, pelo semblante de Manoel Santana, foram duas horas angustiantes.
Sobre a mesa dos membros do Ministério Público Estadual repousam exemplares do Jornal do Cariri e documentos entregues pelos vereadores Tarso Magno, Mira Sampaio, Delian Pinheiro e Darlan Lobo que apontam supostas fraudes em licitações, superfaturamento em obras, irregularidades administrativas e um balanço, assinado pelo próprio Manoel Santana, que apresenta restos a pagar – despesas feitas e não pagas, da R$ 37,4 milhões nas contas de 2009. O rombo contábil na Prefeitura está sendo questionado.
Os vereadores que se reuniram com o procurador Luiz Alcântara o pediram, também, investigações de licitações de 18 obras na área de educação. As licitações foram ganhas pelas empresas ASP Ltda. e J Filho – ambas de propriedade do empresário e presidente municipal do PSC, Cícero Joaquim. O vereador Tarso Magno levantou a suspeição. O Secretário de Educação, Ricardo Lima, foi apontado como beneficiário dessa relação porque receberia o apoio do PSC à sua pré-candidatura de deputado estadual. As denúncias, porém, tiraram o sonho da sua candidatura.
Um dos focos de investigações do Ministério Público Estadual é o balanço da prestação de contas do exercício de 2009. Esse documento, assinado pelo prefeito Manoel Santana e enviado à Câmara Municipal de Vereadores, com o volume de dívidas, foi revelado com exclusividade pelo JC, em sua edição de 23 de fevereiro a 1° de março. Assessores da Prefeitura chegaram a classificar a reportagem de mentirosa. Na edição subseqüente (número 2418), o JC publicou a relação de credores. Em entrevista coletiva, publicada na íntegra pelo JC, em sua edição de 6 a 12 abril, Santana admitiu as dívidas.
As denúncias dos vereadores e o balanço das contas de 2009 deixaram Manoel Santana na mira do Ministério Público Estadual. E, na última sexta-feira, Santana teve que se explicar em Fortaleza. Visivelmente abatido, contrariado com o constrangido imposto pelas denúncias de irregularidades nas contas do primeiro ano de seu governo, o prefeito Manoel Santana saiu da Procap - órgão do Ministério Público Estadual que apura denúncias e suspeitas de fraudes em obras, licitações e aplicação de recursos públicos, cabisbaixo e, ao telefone, tentava falar com assessores e interlocutores. Minutos depois, sob a marquise do prédio da Procap, o procurador-adjunto do Município, Guilherme , o acompanhou, enquanto, nas dependências internas da órgão do Ministério Público, se encontrava o procurador-geral Bernardo de Oliveira.
Santana passou mais de duas horas dando esclarecimentos sobre possíveis irregularidades nas contas do exercício de 2009. Durante as explicações – ou mesmo depoimento perante à autoridade do Ministério Público Estadual, o prefeito de Juazeiro do Norte não teve a companhia do procurador-geral, nem do procurador-adjunto. Nada vazou sobre as explicações dadas por Manoel Santana. A documentação enviada ao Ministério Público, que provocou os esclarecimentos de Santana, continha o balanço assinado pelo próprio prefeito com o relato das dívidas e serviços contratados e não-pagos no ano de 2009 e um exemplar da edição do Jornal do Cariri que mostrou, com exclusividade, a relação de credores do Município.
Longe de Juazeiro do Norte, o prefeito Manoel Santana, ao prestar esclarecimentos em Fortaleza, acabou evitando especulações e fofocas sobre a sua presença no Ministério Público Estadual. O constrangimento, porém, por ser chamado a falar sobre denúncias de irregularidades, suspeitas de fraudes em licitações e obras, deixou o prefeito Santana de cabeça baixa. Ele não esperava, com menos de um ano e meio de gestão, passar por uma situação que o levasse a ser questionado em seus atos e ações como gestor da maior cidade do Interior do Ceará.



Fonte: Portal ceará agora

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